Perversamente delicioso, eis como defino Travessuras da menina má de Mario Vargas Llosa, livro que acidentalmente veio parar em minhas mãos e acabou sendo uma das melhores leituras do ano ate o momento. Em apenas 3 dias devorei as muitas páginas da obra que narra a história curiosa de Ricardo, ou Ricardito, tradutor peruano que desde a infância sonha em viver em Paris e é atormentado por amar Chilenita/lily, mulher de personalidade traiçoeira, disposta a tudo por uma boa vida. Ela surgiu na vida de nosso herói ainda nos anos 50, quando o menino vê sua vidinha pacata na remota Miraflores mudar ao se apaixonar pela Menina Má, bela, misteriosa, fria, auto entitulada estrangeira, a primeira de suas mentiras. Durante décadas, o bom menino, sofre nas mãos da dita cuja e vive uma história de amor adorável e terrível que percorre o século passado, feita de encontros e desencontros malucos e improváveis dos dois nos quatro cantos do mundo. Vejam só, eu que nada esperava do livro fui mais uma vítima da Menina Má: logo que engatei a leitura senti que seria especial, uma dessas histórias que fazem a gente sofrer, sorrir feito besta e enfim nos deixa orfãos no final das centenas de páginas. Travessuras da menina má foi uma experiência extremamente agradável, tem um fresco próprio, posso entender os motivos que o levaram a ganhar o premio Nobel e o coração de leitores ao redor do planeta.
Sinopse:Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra um misterioso pacote com várias fitas cassetes. Ele ouve as gravações e se dá conta de que foram feitas por uma colega de classe que cometeu suicídio duas semanas antes. Nas fitas, ela explica que 13 motivos a levaram à decisão de se matar. Clay é um deles. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento.
Oi gente, tudo bem com vocês?
Hoje eu vou falar sobre um
livro que mexeu muito comigo: Os 13 porquês. Uma leitura dura, tem uma história
complexa, que machuca o leitor da mesma forma que machuca os personagens, e
este foi um dos motivos dessa resenha ser complicada de fazer, pela temática forte do livro. Mesmo
agora, um tempo depois de terminar de lê-lo, não consigo entender exatamente
que sentimentos foram causados em mim, não digo que ele foi ruim, ele
certamente que não, mas foi difícil ler. O autor aborda suicídio, bullying e solidão, temas que sozinhos já são densos e juntos transformaram esse
livro em um livro marcante que as escolas deveriam indicar para paradidáticos.
Autor: Kate Morton Editora: Rocco Ano: 2009 Páginas: 554 Onde comprar: Submarino - Saraiva
Sinopse: 2005, Brisbane, Austrália. Cassandra recebe uma herança inesperada da avó, Nell O’Connor, que a criara. A jovem, então, parte para a mesma região da Inglaterra onde Nell se aventurara décadas atrás em busca de suas raízes. Lá, em meio a um chalé em ruínas e um jardim cheio de segredos, ela encontra a trágica verdade sobre os Mountrachet e a escritora Eliza Makepeace, que sua avó conhecia tão somente como a Autora. Ligando os pontos das histórias dessa mulher e da aristocrática família que habitou a mansão Blackhurst, revirando segredos de família é que Cassandra entenderá por que a tanto tempo atrás, em 1913 uma menina de quatro anos, foi deixada à própria sorte no início do século XX num porto australiano e, assim, desvendar suas próprias origens.
1913. Uma menininha é encontrada perdida em um porto da Austrália, confusa, sozinha, carregando apenas uma mala com um livro de conto de fadas. Após tentar descobrir a identidade da garotinha, um funcionário do lugar comovido, acaba levando-a para morar em sua casa, fazendo dela a filha que ele e a esposa nunca tiveram. Ai tem início uma misteriosa história que percorre gerações, a história de uma jovem escritora do início do século XX e de uma mulher em busca de suas origens, uma trama mágica, sombria, que vai da Austrália até a Inglaterra, invadindo mansões vitorianas e seus terríveis segredos de família... Kate Morton presenteia o leitor com uma rica e misteriosa história, narrada em três tempos, começando em meados de 1900 onde conhecemos a órfã Eliza Makepeace e sua sofrida infância, passando para 1975 quando Nell parte para a Inglaterra e começa a desvendar sua verdadeira história e em 2005 com Cassandra, neta de Nell, que continua a investigação após a morte da avó. Os capítulos são intercalados e essa mudança de épocas pode gerar confusão mas é a partir daí que pouco a pouco vemos uma inesperada e complexa trama se desenvolver. A autora vai dando pistas prendendo e instigando o leitor que vira detetive e tenta desvendar o quebra cabeça que é essa história perdida que ultrapassa séculos!
Sinopse: Lucy Sullivan vai se casar. Essa moça de 26 anos, que divide o apartamento com as amigas, não tem dúvidas de que, dentro de poucos meses, estará entrando na igreja durante uma linda cerimônia. Só falta um pequeno detalhe: o noivo! Mas Lucy, que nem ao menos tem um namorado e nunca foi muito bem-sucedida no amor, confia piamente nas previsões de sua cartomante e iniciará uma busca incessante (e hilariante) por um bom partido: ele só precisa ser bonito, inteligente e não lembrar em nada o seu pai. Marian Keyes está de volta com Casório?! um romance contagiante e engraçadíssimo.
Em Casorio?! conhecemos as histórias de Lucy Sullivan,que mora em Londres com suas duas lindas e loiras amigas, Karen e Charlotte. Já no inicio do livro temos a ida de Lucy a uma cartomante, a Sra Nolan, com suas amigas do trabalho: Meredia que Marian destaca o tempo todo por ser muito gorda, Megan, australiana, que na minha opinião não tem função real no livro e Heith, uma mulher madura que surpreende bastante. Cada uma delas tem uma
consulta individual com a cartomante, o que elas não esperavam é que as previsões começassem a se realizar mesmo que não literalmente, ainda assim Lucy fica ansiosa. Ela caba acreditando no que Sra Nola disse e é a partir dai que começam as confusões. Lucy conhece um cara, se apaixona por ele, e
tem certeza que ele é o homem da sua vida...
Sinopse:Esta é uma história mágica, que transita entre um mundo mítico e um castelo na Transilvânia... Jena, uma garota de 16 anos, seu sapinho de estimação Gogu e suas quatro irmãs guardam um segredo: desde pequeninas, em toda noite de Lua Cheia, fazem sombras com as mãos contra uma pedra, abrindo um misterioso portal para uma floresta mágica, onde dançam com encantadoras e bizarras criaturas fantásticas. Porém, elas não imaginavam que suas vidas mudariam drasticamente: o pai adoece e, por recomendações médicas, vai para uma região onde o inverno é mais ameno. Jena e sua irmã Tati ficam encarregadas de cuidar dos negócios da família no castelo Piscul Dracului. As coisas vão bem até que um trágico acidente deixa tudo fora de controle. Para piorar, sua irmã se apaixonara por uma das misteriosas criaturas da Clareira Dançante da floresta..
Confesso que tenho um receio bobo quanto a chick-lit, fantasia e outros. Por isso esse ano me desafiei a sair um pouco da minha zona de conforto e testar estilos diferentes. Foi assim que descobri através do Skoob A dança da floresta queconta a mágica e fofa história das irmãs Jenna, Tati, Stela, Iulia e Paula que moram com o pai em Piscul Dracului: um castelo na Transilvânia. Seriam meninas normais ser não fosse por um detalhe:elas guardam um segredo, durante muitos anos, todo mês, na noite de lua cheia, elas cruzam um portal e vão para o outro lado da floresta que cerca o castelo, para participar de uma grande festa no lar das mais fascinantes e curiosas criaturas.
Autor: Jeannette Walls Editora: Nova Fronteira Ano: 2007 Onde comprar:Submarino - Saraiva
Sinopse:“Filha, a gente não tem dinheiro para o presente, mas escolhe uma estrela no céu, e fica com ela pra toda a vida.” Todo mundo pode dar uma segunda chance à vida. Em suas memórias, a jornalista e escritora Jeannette Walls nos mostra, sem pieguices e respostas fáceis, que tudo na vida é mesmo relativo, que as adversidades podem ser vividas com leveza, somando aprendizado e grandeza às nossas biografias.
Fazia tempo que eu desejava ler esse livro. Mas seja por falta de dinheiro ou por uma outra leitura passar na frente eu nunca lia o benedito! Pois então Maio chegou e trouxe com ele o maravilhoso O castelo de vidro pelo preço de inícrveis 9,90! A biografia inacreditável da jornalista Jeannette Walls me conquistou desde as primeiras páginas. Ela e os irmãos passam a infância toda viajando o país em carros velhos com os pais vivendo como nômades, cada mês numa cidade, como se tudo fosse uma eterna brincadeira! Filhos de pais excêntricos, tão geniais como irresponsáveis os irmãos Walls se deparam com as mais loucas e difíceis situações e como única opção tem de lutar para sobreviver, para enxergar em seus dias tão amargos, aventureiros e miseráveis toda a beleza que a vida pode oferecer!
O castelo de vidroé daqueles livros incomparáveis que se destacam entre todos. Há alguma coisa nele que não sei explicar, uma alma e beleza diferenciada que foge do estilo tão padronizado de hoje. Talvez seja por essa personalidade própria que eu tenha amado tanto o livro. A autora narra de forma única, despretensiosa totalmente sincera sua história curiosa sem nenhuma auto piedade conferindo assim um tom leve e ao mesmo tempo trágico a trama. Experiência sem igual! Tive a sensação de ler uma história nos anos 60/70, como em filmes, com uma família desajustada, de pais hippies viajando pelo deserto, cheio de tralhas, country como trilha, cerveja, cigarro, uma vida de riscos, loucuras e liberdade. Nostalgico! Narrativa primorosa, história interessante e personagens marcantes o que eu ia querer mais? Os pais de Jeannette são personagens que amo e odeio simultaneamente. Adoro suas personalidades originais mas são na maior parte do tempo excêntricos e egoístas, arrastam os filhos no seu jeito maluco de viver e por isso as crianças passam diversas dificuldades. Mas por trás da casca de aluados, em Rose Mary e Rex Walls há pessoas sonhadoras e frustradas, que não se encaixam no mundo e isso reflete em Brian, Jeanette, Lori, Maureen. Rose é por vezes infantil, uma pintora que sonha em ser artista já Rex é um homem inteligentíssimo e incompreendido, que passa a vida tentando fazer grandes coisas sem sucesso. Se afoga na bebida, por vezes é um péssimo pai, ausente, porém tanto ele quanto Rose ensinam muito aos filhos e os amam a sua maneira. Passam seu amor pelo saber a eles, os ensinam a enfrentar a vida e encontrar a beleza até mesmo na dor. Já os irmãos Walls são verdadeiramente uma lição. Venceram a fome, o frio, os pais negligentes. Foram humilhados, moraram em barracos, não tinham nem roupas direito mas sua precoce maturidade os salvaram. Sem lamentar sua sorte, eles estão sempre buscando uma saída, uma vida normal e melhor. Nunca perdem a fé, o otimismo, tem razões e ainda assim não deixam de amar e compreender os pais. Simplesmente lindo. As dores, as pequenas alegrias de Jeanneatte foram as minhas, sua história é permeada por situações inacreditáveis e emocionantes. <3 O castelo de vidro é uma biografia emocionante, marcante, curiosa. Um livro forte, pitoresco, dramático ( sem ser óbvio e cansativo )naturalmente bem humorado que nos apresenta a uma família excêntrica que vence todas as diversidades nos ensinando como cada um de nós pode criar finais felizes! Nos faz refletir sobre a vida, sobre nossos relacionamentos familiares. Dá vontade de enfrentar os desafios, de ser vencedora como Jeannette. Sem dúvidas um dos meus favoritos, apaixonante! Vai sair um filme com a querida Jennifer Lawrence espero que consigam transportar toda a beleza do livro para as telonas!
Sinopse:" Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
Em meio a uma Chicago do futuro, divida em facções ( grupos que separam os moradores a partir de virtudes ) Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição, Beatrice tem 16 anos e é chegada a hora de traçar seu caminho. Ela deve escolher sua própria facção, uma escolha para toda a vida, complicada, ainda mais para uma filha de pais abnegados. Beatrice fica dividida entre deixar tudo para trás ou continuar com sua vida na Abnegação, tendo o amor e aprovação dos pais. Durante a cerimônia, indecisa ela acaba fazendo uma escolha arriscada e surpreendente. A partir daí, ela entra em um mundo cheio de desafios e aventuras. Diferente de tudo que ela já tinha conhecido. Agora ela não é Beatrice, e sim Tris, uma nova pessoa. Seu primeiro objetivo é sobreviver a iniciação em sua nova facção, o que Tris não sabe é que o pior ainda está por vir, um terrível destino a espera.
Divergentenos apresenta um universo futurístico fantástico. Super inteligente e interessante. As pessoas são divididas em facções. Os que se identificam com a sinceridade até as últimas consequências vão para a Franqueza, amantes do estudo escolhem Erudição, da mesma forma que os escolhem se doar em prol do próximo vivem na Abnegação. É dessa forma que a sociedade é controlada. Resumindo seres humanos complexos em cinco virtudes, características. A dominação é forte, porém quase ninguém a sente, pois ao serem inclusos em facções todos são levados a pensar, agir de um único modo. A personalidade própria de cada um é deixada para trás. Pura alienação.
A narrativa é eletrizante, adentramos nesse mundo incerto e vamos desvendando-o junto a Tris que é sem dúvidas uma personagem forte. Me lembrou muito Katniss. Tal como a heroína de Panem, Tris é corajosa, decidida e durona. Nada a detém. É legal como ao entrar na facção Tris luta constantemente contra si mesma, porém ela não se encaixa, é diferente. Prova que a ideia das facções é furada! Quatro é outro bom personagem, pé no chão. Os dois rendem romance no livro, que é convincente, natural. Diferentemente de outras histórias o romance não é colocado no centro da história ( como em JV ). Ele apenas acontece em meio a tensão, aos acontecimentos bombásticos, o que é fenomenal. Aqui é distopia de verdade baby!
Divergente como toda boa distopia me divertiu e me fez pensar. Apesar do mundo do livro ser futurístico e parecer estar longe de nós a meus olhos é como que uma paródia de nosso mundo. Assim como Tris luta para se encaixar em sua facção, anulando-se, as pessoas do século XXI se esquecem de si mesmas, suas opiniões e seguem a massa, aquilo que a sociedade impõe. O tipo de corpo, o estilo musical, o comportamento, tudo. Sem ver que no fundo são meros brinquedos nas mãos dos grandes. A verdade é que ambos mundos são moldados a partir da vontade do poder. Outra reflexão que fiz é sobre a divisão das facções. No livro fica claro o óbvio, guerras, maldades, ambição, toda a natureza humana é impossível de ser bloqueada através de facções. Sempre existirão. Não será reduzindo pessoas em virtudes que nosso ser, instintos desaparecerão. São as diferenças a beleza de nossa raça ( mesmo que causem inúmeros problemas. )
Divergenteé jovem, eletrizante, surpreendente . Leva o leitor a reflexão, trazendo inúmeras e complexas mensagens, super atuais. Indico a todos e logo espero poder ler a continuação, Insurgente, que pelo final do primeiro já dá para ver é bombástico. Ano que vem deve ser lançado a adaptação cinematográfica! Com Shailene Woodley como Tris ( a fofa que vai fazer a Hazel de A culpa é das estrelas também ) Theo James como Quatro, Katy Winslet como Jeannine, Jai Courtney como Eric o filme promete, já que a história é promissora e super visual, ficará perfeita nas telonas!
Sinopse:" A Sombra do Vento é uma narrativa de ritmo eletrizante, escrita em uma prosa ora poética, ora irônica. O enredo mistura gêneros como o romance de aventuras de Alexandre Dumas, a novela gótica de Edgar Allan Poe e os folhetins amorosos de Victor Hugo. Tudo começa em Barcelona, em 1945. Daniel Sempere está completando 11 anos. Ao ver o filho triste por não conseguir mais se lembrar do rosto da mãe já morta, seu pai lhe dá um presente inesquecível: em uma madrugada fantasmagórica, leva-o a um misterioso lugar no coração do centro histórico da cidade, o Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar, conhecido de poucos barceloneses, é uma biblioteca secreta e labiríntica que funciona como depósito para obras abandonadas pelo mundo, à espera de que alguém as descubra. É lá que Daniel encontra um exemplar de "A Sombra do Vento", do também barcelonês Julián Carax. O livro desperta no jovem um enorme fascínio por aquele autor desconhecido e sua obra. Obcecado, Daniel começa então uma busca pelos outros livros de Carax e, para sua surpresa, descobre que alguém vem queimando sistematicamente todos os exemplares de todos os livros que o autor já escreveu. Na verdade, o exemplar que Daniel tem em mãos pode ser o último existente. E ele logo irá entender que, se não descobrir a verdade sobre Julián Carax, ele e aqueles que ama poderão ter um destino terrível. "
Sou uma caçadora de livros. Leitura para mim é quase um ritual sagrado, busco sempre obras primas. Foi com essa promessa que comecei a ler A sombra do vento. No meio da leitura eu me perguntava: Será? Será que é tudo isso que dizem por ai? Pois é isso e muito mais. Superou as expectativas. Há autores que escrevem, há outros que fazem arte usando as palavras.Záfon é um desses, um mestre da escrita. No livro adentramos em um mundo surreal, uma Madri gótica, misteriosa, essa técnica usada é a chamada metaliteratura. O resultado foi surpreendente.
Ainda criança Daniel Sempere vai ao " Cemitério dos livros " junto do pai e escolhe um livro ao acaso, A sombra do vento, o lê, fica curioso para saber sobre o autor Julian Caráx. A partir dai, ao lado do amigo Fermin, ele começa uma busca sobre Júlian, um desafortunado escritor com uma vida problemática sem saber que começava sua maior aventura que mudaria sua vida. Desvendando segredos e o passado, correndo perigo, adentrando numa história real repleta de intrigas, amor, tristezas mais misteriosa do que qualquer livro do mundo. A sombra do vento é denso, assombrado, assombroso. Uma experiência única de leitura! A Espanha de Daniel é sombria chegando ao ponto de ser macabra. Me encantei completamente pelo mundo do livro. Parece coberto de uma névoa, como se fosse um terrível, poético e incerto sonho. Demoramos a engatar a leitura pois a história é bem bolada, a desvendamos pouco a pouco, vamos conhecendo Madri da década de 1940 assim como da metade dos anos 1910 e seus dramáticos habitantes. Com sabedoria o autor criou uma história forte, com pitadas de terror que intriga e prende o leitor até a última letra. Os personagens assim como todo o livro são complexos, problemáticos, dentre eles Julian é o destaque, ofusca todos os outros, marcante. Uma criança indesejada, um filho não amado. Um escritor incompreendido. Mas um homem amado. Vítima das circunstâncias, perseguido por fantasmas do passado. Melancólico, carrega imensas dores dentro de si ( sempre me apego em personagens assim. ) Fermin, o fiel amigo de Daniel é outro que dá brilho a trama, ao contrário de Júlian ele chega a ser engraçado, com seus comentários irreverentes e sua personalidade própria. A sombra do vento é uma trama bem construída que une com maestria romance, drama, suspense, terror. Juntamente ao jovem Daniel mergulhamos de cabeça no passado de um misterioso escritor, uma família, de dois amantes da sombria Madri do século XX. Um livro sensível, profundo para quem almeja ler o melhor que o mercado editorial tem a oferecer, um intenso livro que exalta a leitura e nos mostra a força do amor que pode costruir como destruir tudo ao seu redor.
* Espero em breve ler outras obras do autor, é com certeza um de meus autores favoritos.
Autor: Carol Sabar Editora:Jangada Ano: 2011 Classificação: ( 5/5)
Sinopse:Aos 19 anos, Duda é literalmente viciada na saga Crepúsculo. Já perdeu a conta de quantas vezes leu os livros da série e assistiu aos filmes. Através de um perfil secreto na internet, ela se comunica com outras fãs do Crepúsculo que, assim como ela, estão totalmente convencidas de que não há garoto no mundo que valha um dente canino do vampiro Edward Cullen. Sua obsessão ganha fôlego com uma temporada de estudos em Nova York, onde ela faz planos mirabolantes para conhecer pessoalmente Robert Pattinson, o ator que interpreta o vampiro nos cinemas. Mas, após um incidente com seus únicos (e insubstituíveis!) livros da saga, Duda entra em verdadeiro surto de desespero. Percebe, então, que uma mudança radical em seu comportamento “crepuscólico” é mais do que urgente. O que ela não esperava era conhecer Miguel Defilippo, seu vizinho na ilha de Manhattan, que é a cara do ator Robert Pattinson! Apaixonante, lindo, rico, misterioso e ambíguo, Miguel acaba se tornando um desejo mais inacessível para Duda do que o próprio astro de Hollywood...
Quando Como quase namorei com Robert Pattison caiu acidentalmente em minhas mãos, confesso, dei uma desanimada. Nunca gostei muito de Crepúsculo nem de chick lit. Deixei o livro encostado na estante quando me faltou uma leitura, decidi ler. E me surpreendi. Comédia romântica nacional de ótima qualidade!
O livro conta a história da Duda Carraro, que embarca com a irmã Suzana, mais uma prima e amiga na maior aventura de sua vida. Morar seis meses em Nova Iorque, estudando inglês! Em meio a tantas novidades e surpresas em NY Duda descobre que seu vizinho, Miguel, o cara da porta ao lado é simplesmente uma cópia de Robert Pattison , seu ídolo maior. Viciada em Crepúsculo, a saga consome grande parte de sua existência, é sua perdição. Ela já leu mais de três vezes cada livro, praticamente os decorou e ainda carrega fotos do Rob para toda parte... Inevitavelmente Duda se apaixona por Miguel, e é aí que suas alegrias e problemas começam. Para piorar a situação há Pablo, o amigo espanhol que dá indícios de querer mais que sua amizade. A cabeça de vento tem então que conseguir sobreviver na cidade mais badalada do mundo, tendo de lidar com todos os desafios de um intercâmbio além de um vizinho/clone tão sedutor quanto misterioso...
Eu não imaginava mas adorei o livro! Jovem, cômico, romântico na medida certa. Meu coração sempre pertencerá aos romances históricos, aos dramas intensos mais ei, também sou gente. De vez em quando também gosto de dar umas belas risadas lendo. E foi isso que Como quase namorei Robert Pattison me proporcionou, riso do início ao fim. A escrita da Carol Sabar é muito boa. O livro é bem estruturado e não perde em nada para best sellers internacionais do gênero. A autora teve sucesso principalmente ao criar a protagonista: Duda. Apesar de ser para lá de imatura, a garota é uma piada, sua narração dos fatos, seus pensamentos dotados de humor, exageros, dramas são uma delícia. Sem dúvidas, Duda é o ponto forte da trama.
Uma coisa legal é que a história tem vida própria. Mesmo que a ideia original tenha sido inspirado em Crepúsculo e a saga seja parte fundamental na trama ela não é uma releitura, nem dependente da mesma. Vamos dizer que é apenas um pano de fundo. Porém triângulo amoroso é sim, muito vagamente inspirado no trio BellaxEdwardxJacob. Triângulo amoroso desleal, acho. Gostei dos dois " mocinhos " só acho que Duda fez a escolha errada, ela não foi verdadeira com ela mesma.
Apesar da história se passar em Nova York, ela tem a cara do Brasil. Odeio quando brasileiro escreve livro ambientado no exterior, com personagens de nomes estrangeiros, fica forçado, vulgar, sem identidade. Vários ícones da cultura brasileira são citadas, como a rede Globo e automaticamente se torna mais familiar ao leitor.
Como quase namorei Robert Pattison é um chick lit nacional nota dez, jovem, leve, descontraído, com altas de humor, aventuras desastrosas. Dosando o clichê a inovação, cheios de personagens carismáticos, cultura pop é um ótimo passatempo, imperdível aos fã de Crepúsculo!
ESTE LIVRO ESTÁ SENDO SORTEADO AQUI NO BLOG! PARTICIPEM DA PROMOÇÃO!
Sinopse:Na infânciaa pianista Júlia Forrester passava seu tempo na estufa da propriedade de Wharton Park, onde flores exóticas cultivadas pelo seu avô nasciam e morriam com as estações. Agora, recuperando-se de uma tragédia na família, ela busca mais uma vez o conforto de Wharton Park, recém-herdada por Kit Crawford, um homem carismático que também tem uma história triste. No entanto, quando um antigo diário é encontrado durante uma reforma, os dois procuram a avó de Júlia para descobrirem a verdade sobre o romance que destruiu o futuro de Wharton Park... E, assim, Júlia é levada de volta no tempo, para o mundo de Olívia e Harry Crawford, um jovem casal separado cruelmente pela 2ª Guerra Mundial, cujo frágil casamento estava destinado a afetar a felicidade de muitas gerações, inclusive da de Júlia.
O que fazer quando faltam palavras para expressar seu amor por um livro?
Comprei A casa das Orquídeas em um impulso louco. Não gosto de sua editora portanto de cara nem dei bola, mais tarde li a sinopse e algumas boas resenhas e brotou aquela vontade incontrolável de ler. Corri no Sub, comprei, quando o livro chegou bateu a insegurança, será que fiz burrada? Não sou de comprar de impulso, quem me conhece sabe, analiso muito antes de comprar qualquer livro. Porém ao contrário do que eu acreditava fui muito feliz na compra. Eu simplesmente amei o livro!
Julia Forrester, uma famosa pianista se recupera de uma tragédia na família e acaba se refugiando em Wharton Park, a mansão de sua infância, onde o avô Bill, jardineiro, trabalhou a vida inteira. Lá ela conhece Kit Crawford, o herdeiro da mansão que também tem um triste história. Ao encontrar um diário que acha que é do avó de Júlia, os dois mergulham no passado e vão desvendando um grande segredo de família, que promete abalar o presente!
Somos levados de volta a 1939, em meio a Segunda Guerra Mundial, Harry Crawford o herdeiro de Wharton Park se casa precipitadamente com a jovem Olivia. Aparentemente eles são um casal perfeito, porém tudo não passa de um casamento frustado, sem amor, apesar das tentativas de Olivia para erguer o matrimônio e até mesmo do próprio marido, Harry só a vê como uma obrigação, como a mãe do futuro herdeiro da propriedade. É quando ele deixa sua família e vai lutar na guerra que sua vida e a de todos ao redor muda para sempre. Do outro lado do mundo, na Tailândia, destinos improvavelmente se cruzam, unindo e destroçando vidas, mudando o hoje, o amanhã.
Sem dúvidas esta foi uma das melhores leituras do ano. A casa das orquídeas é exatamente o tipo de leitura que eu amo! Com uma trama bem trabalhada, detalhista, cheia de informações prende o leitor do início ao fim, o suga para dentro da história! Eu só sabia pensar/ler/viver esse livro! Os personagens são bem construídos, totalmente apalpáveis, humanos, marcantes! Do tipo que fazem a leitura valer a pena! A história alterna entre passado e presente, apesar da trama de 1939 ter mais peso, a paralela, de Júlia é igualmente interessante. O livro é pincelada de mistério, vamos desvendando o passado pouco a pouco e nos surpreendendo cada vez mais! São muitas reviravoltas, até a metade você tem uma imagem do livro, depois muda completamente! Tudo é mega bem bolado, todas as pontas vão sendo incrivelmente amarradas. Genial!
Os personagens são todos de carne e osso; quer dizer, são todos falhos, cometem vários erros, nos mostra como nossas atitudes podem ser determinantes, como podem construir e destruir, como podemos mudar drasticamente nossos destinos, como a vida é uma caixinha de surpresas. Tudo é muito real! Justamente por essa característica, a realidade, não consegui favoritar a maioria dos personagens, Harry para mim é um fraco, Olívia uma vítima, mas me apeguei em Lídia. Ela me encantou desde o início, simples, inocente, doce, tão frágil, sofrida e ao mesmo tempo tão forte, sábia. Me emocionou profundamente.
A casa das orquídeas é uma história tocante que percorre duas gerações, desenterra segredos, nos apresenta a personagens humanos, falhos que traçam caminhos cheios de incertezas, mágoas e erros. Altamente dramático, bem desenvolvido, denso, envolvente, impactante um livro para ler, chorar, viajar por culturas e refletir, sobre nossas escolhas, sobre a vida, suas injustiças e as peças que ela nos prega. Maravilhosa história, sempre a levarei no coração, nunca me esquecerei da emoção indescritível que ela me proporcionou. Leiam, vocês irão se surpreender como eu!
Autor: Meg Cabot Editora: Galera Record Ano: 2012 Onde comprar: Submarino - Saraiva Classificação: ( 3/5 ) ♥ favorito!
Sinopse: " O poder especial de Meena Harper finalmente será valorizado. A Guarda Palatina - uma poderosa unidade secreta que caça demônios - a contratou para trabalhar na filial de Manhattan. A questão é: seu ex-namorado, Lucien Antonesco, é filho do Drácula e o príncipe da escuridão. Tudo bem, Meena decidiu que já chega de vampiros em sua vida... Ao menos até que consiga provar que, mesmo não tendo alma, os seres demoníacos não perderam a capacidade de amar."
Céus, que resenha mais complicada de se fazer! Mas enfim, os leitores que me seguem no twitter ou mesmo os que me tem no Facebook sabem que idolatro Meg Cabot, sempre gostei do seu jeito de escrever, seus personagens e principalmente de seus "garotos". Depois que recebi Mordida, continuação de Insaciável, para análise, fiquei muito ansiosa, afinal,Insaciável havia sido ótimo!
Neste segundo volume e provavelmente o ultimo da série, Meena Harper está trabalhando para aGuarda Palatina, um órgão secreto do Vaticano, ao lado de Alaric Wulf, aquele cara irônico e lindo, que odeia os vampiros e que quer de qualquer forma matar Lucien Antonesco, o filho do Drácula e ex-namorado de Meena. Só que quando Meena e Alaric descobrem que uma série deturistas estão desaparecidos e nenhum corpo ainda foi encontrado, a Guarda Palatina desconfiam que o assassinato destes tem alguma coisa relacionada com os vampiros. Mas ainda sim Meena quer provar para todos, especialmente para Alaric que todos podem escolher entre obem e o mal, inclusive Lucien.
Antes de começar a ler Mordida, eu já havia lido algumas resenhas beeeeemnegativas sobre o livro. Após o termino, sim, eu havia concordado com as críticas que Meg Cabot recebeu. No final MUITAS e muitas coisas foram mal explicadas e terminadas de um jeito não convincente. Deu a impressão que Meg quis acabar logo de escrever a série, deixando o livro com uma impressão ruim. Além disso Mordida perdeu aquela escrita de forma irônica e super engraçada sobreVampiros.
Mas você deve estar se perguntando: se estou falando tão mal assim do livro, porque eu marquei como favorito ali na classificação? O fato é que por mais que Meg tenha cometido todos esseserros que citei acima, Mordida me deixou com um misto de emoções.O volume fez meu coração bater mais rápido e até me fez chorar. O final me deu um aperto no coração e por mais queMUITOSdiscordem de mim, eu gostei do desfecho que Meg deu para os personagens, acho que se não houvesse acontecido aquilo, o livro perderia seu "charme".
Mordida pode ter sido decepcionante para a maioria dos leitores em que eu havia lido as resenhas, mas para mim ele vai ser um livro memorável (de uma maneira boa) mesmo com as falhas que Meg Cabot cometeu. Espero que eu tenha sido convincente e que tenham me entendido.
Autor: Kathryn Stockett Editora: Bertrand Brasil Ano: 2011 Classificação: (5/5) Onde Comprar: Submarino - Saraiva
Sinopse: " Uma história de otimismo ambientada no Mississippi em 1962, durante a gestação do movimento dos direitos civis nos EUA.
Eugenia Skeeter Phelan acabou de se graduar na faculdade e está ansiosa para tornar-se escritora, mas encontra a resistência da mãe, que quer vê-la casada. Porém, o único emprego que consegue é como colunista de dicas domésticas do jornal local. É assim que ela se aproxima de Aibellen, a empregada de uma de suas amigas. Em contanto com ela, Skeeter começa a se lembrar da negra que a criou e, aconselhada a escrever sobre o que a incomoda, tem uma ideia perigosa: escrever um livro em que empregadas domésticas negras relatam o seu relacionamento com patroas brancas. "
Anos sessenta, Jackson, Mississipi. Adentramos em um período particularmente difícil aos negros, a segregação racial era de um nível extremo. Havia escolas, igrejas, hospitais, ônibus exclusivos para brancos, e outros para os negros, que recebiam bem menos que o salário mínimo, eram mortos, agredidos, humilhados diariamente sem que ninguém fizesse algo. O medo era tão grande, que os calava, mesmo vivendo em condições tão miseráveis. Tudo isso era visto de certa forma, como natural, ignorado. O Movimento dos direitos civis dava seus primeiros passos mas a realidade era dura: os EUA era o inferno para qualquer pessoa de cor. Diante disso, conhecemos Aibileen e Minny, duas amigas, empregadas domésticas negras, vítimas do racismo que tentam sobreviver em meio a patrões brancos, educando suas crianças, atendendo seus caprichos. E também há Skeeter, uma jovem jornalista branca que acaba tendo a perigosa ideia de escrever um livro, relatos sobre a vida das empregadas domésticas da cidade, e conta com a ajuda de Aibileen e Minny, empregadas de suas amigas para a missão. Um desafio, que terá enfrentar vários obstáculos, inclusive a odiável Hillary e pretende abalar o pensamento de Jackson, assim como pode abalar a vidas das envolvidas nessa loucura. Tendo consequências catastróficas. Mas, como se acovardar diante de tanta injustiça?
A leitura de A resposta foi de certa forma incrivelmente doce e ao mesmo tempo, amarga. Como assim? Simples. O livro é a perfeita harmonia entre um enredo forte, marcante, polêmico e uma narrativa sutil, leve, com traços cômicos e personagens encantadores. O resultado da mistura de elementos tão distintos é brilhante. A história em si não é tão inovadora assim. O que mais cativa com certeza é a carga emocional, a tensão, o medo, diante de uma atitude tão ousada como lançar um livro, revelando abertamente a vida das empregadas e as suas patroas, que provavelmente leriam o livro em qual estão diretamente presentes, numa época em que simplesmente usar o banheiro de um branco era sinônimo de surra, morte.
É uma leitura rápida, um tijolão que dá para ler sem esforço algum em poucos dias. O melhor do livro a meu ver sãos os personagens, a narrativa. Cada capítulo é narrado por Minny, Aibileen ou Skeeter. A partir daí observamos claramente suas personalidades e diferenças. Aibileen é uma jovem senhora, sábia, paciente, doce. Talento com crianças. Já Minny é explosiva, geniosa, sem papas na língua, do tipo que não leva desaforos para casa, cozinheira de mão cheia. Skeeter foi criada nos moldes de qualquer outra família branca, ou seja, preconceituosa, solteirona, para lá de desengonçada no início não notamos grande diferença entre ela e suas amigas, mas ao longo do livro vamos vendo claramente a mudança, sua mente se abrindo, novos conceitos sendo firmados.
Os capítulos, a narrativa de Minny e Aibileen são marcados por expressões como " tou " " tava " mas gente, são pessoas simples, super acertadas essas variações. E em geral seus capítulos transmitem basicamente isso, simplicidade, inocência, franqueza, com uma pitada de humor inclusa. É como ler uma história contada por aquela sua tia, sua avó ou vizinha amiga. Uma delicinha de narrativa, ágil, tocante, simples, bem humorada ao mesmo tempo que narra cenas fortes e delicadas. Genial. Eu só gostaria que Celia Foote tivesse maior espaço na trama, uma personagem intrigante, bem construída que poderia ter abrilhantado ainda mais o livro.
A ala de Hilly e suas puxa saco é outra parcela interessante do livro. A vilãzinha é bem caricata, com ares cômicos, alienada, absurdamente fútil, lidera uma legião de mulheres tão vazias e deprimentes quanto a própria que se inspiram nela. É muito legal a crítica que está presenta nas entrelinhas, á população branca medíocre de Jackson. Alucinada em status e aparências. Os homens só sabem agredir negros e suas mulheres, quando não estão discutindo banalidades, vestidos, festas, fofocas, estão desfazendo de suas empregadas. Por mais Hillary seja cruel e fria não consegui sentir mais do que dó de sua pessoa. Cega por sua ignorância, presa em seu pensamento pequeno. No fim, os doentes não são os negros, diferentemente do que os brancos pensam. Eles é que são a doença, com suas vidinhas inundadas de futilidade, seu pensamento deprimente e não os negros, trabalhadores, que tanto lutam para sobreviver em meio a seus delírios idiotas.
A resposta foi um experiência incrível. Tocante, simples, melancólico, dramático e ainda assim leve e bem humorado. Com personagens marcantes e admiráveis, o livro fala de um tema incomodo e atemporal como o racismo de forma sensível, sutil esbanjando realidade. Como já disse no post anterior, um livro para ler, refletir, tirar lições, rir, chorar, aprender história ( porque não? ) e muito mais. Vem falar de amizade, preconceitos variados, injustiças, sobre coragem, em um mundo que tantos querem a mudança mas poucos tem a coragem de ser a diferença
Observação: O livro me passou o tempo todo aquela sensação de filme americano antigo, aquele climinha gostoso, adorei! Não deixem de assistir Histórias Cruzadas, inspirado no filme que foi até indicado ao Oscar!
Sinopse:Chamado de “excepcional” pelo Booklist e de “muito divertido” pelo Washington Post, O chá do amor é um romance sedutor, que nos leva a uma viagem pelas movimentadas ruas de Londres e Nova York do fim do século XIX. Falta um ano para que o jovem casal de namorados, Fiona e Joe, realize seu grande sonho – casar-se e abrir a própria loja de chá. Depois de tantos anos economizando cada centavo, tudo indica que, finalmente, estão próximos do final feliz. Mas o que parecia pouco tempo se transforma em uma eternidade quando uma série de trágicos e dolorosos acontecimentos se interpõe na vida deles, e eles se distanciam cada vez mais um do outro. Fiona vai para a América, no que considerava a sua maior aventura. Mal sabia ela que não há aventura maior que o amor...
O livro conta a história da sonhadora Fiona, que nutre juntamente a Joe, seu namorado desde a infância o sonho de abrir sua loja de chá, saindo assim da pobreza. Ela trabalhando numa fábrica de chá, ele, feirante como o pai, a anos juntam dinheiro e depositam numa lata, confiantes que logo realizariam seu grande sonho. O que eles não contavam era que o destino lhes pregaria uma peça e trataria de mudar sua vida radicalmente, de uma hora para a outra. Será que apesar de tudo, Joe e Fiona conseguirão seguir juntos, ou a tempestade a seu redor vencerá, separando os dois amantes, destruindo seus sonhos?
Sem dúvida alguma meu gênero favorito de leitura ( se é que se pode chamar de gênero ) são livros de época, ambientados no passado. Eles me fascinam. Sempre fui a exceção da turma que ama história, mas na aula tudo parecia muito mecânico, inanimado. Lendo livros o que li nas páginas do livro didático toma vida, torna-se apalpável, real, com seus personagens cheios de sonhos, medos. Realmente adoro embarcar na máquina do tempo da leitura e conhecer lugares, vivenciar toda uma época, como qualquer outro vivente de tal data, fico encantada com isso. Experimentei essa mesma sensação lendo O chá do amor.
Coincidentemente na escola estava estudando Revolução Industrial, enquanto acompanhava Fiona andando pela Londres enfumaçada pelas fábricas. É 1888, Jack Estripador assola os pobres moradores da cidade, que cresce sem parar, consequência da Revolução, as ruas apinhadas de gente, mendigos, prostitutas crianças, os sindicatos de trabalhadores dando seus primeiros passos, gritando por justas melhorias. Simplesmente fui sugada á época. Perfeita ambientação. E se tem uma coisa que amo em livros, é uma boa ambientação, aquela atmosfera única que alguns autores criam e conseguem transmitir ao leitor, encantando-o. A narrativa é descritiva o que tudo mais real ainda.
Outra coisa que me ganha em livros são personagens marcantes. Que parecem ter vida própria e ficam na memória mesmo depois de muito tempo do término da leitura. Fiona é assim. Ponto para Jennifer de novo. Uma mocinha épica. Que sofreu, foi derrubada mas não deixou as pedras da vida vencerem-a. Nem santa, nem vilã. Ela esteve a frente do seu tempo, sempre soube o que queria para si, ser rica. Ter sua loja de chá e correu atrás disso, numa época onde as mulheres eram destinadas a casar e ter filhos, e eram julgadas como inferiores, Fiona falava de igual para igual com qualquer homem, por mais influente que seja. Uma mente, livre, aberta. Os outros personagens são de mesma forma especiais. Charlie, Katy, Paddy, Semie, Mary, Michael, Rody, Will... Até os odiáveis Burton, Milie, Will Junior cumpriram bem seu papel ha ha!
Confesso que não caí de amores por Joe, o galã da história. Ele é de certa forma o homem dos sonhos mas comete alguns erros, dá umas cabeçadas feias, que me fez não aprová-lo totalmente. Porém talvez seja esse seu maior diferencial, o fato de ser humano. Pois todos erram, ninguém é perfeito, todos temos altos e baixos na vida. Mas entre ele e Nick, eu fico com Nicholas Soames! O amigo de todas as horas ( gay! ) de Fiona que lhe estende a mão na pior hora. A amizade deles é linda e determinante! :´)
O chá do amor é uma história sobre encontros e desencontros, amizade, família, amor, sobre recomeços, coragem diante dos obstáculos da vida e talvez, principalmente sobre acreditar incondicionalmente nos sonhos. Uma rica viagem ao tempo, repleta de detalhes históricos, um livro que me fez suspirar, sorrir, chorar, me passou raiva, me emocionou com a carismática Fiona e seus dramas. Um livro que não poupa o leitor, conseguindo magistralmente abordar temas fortes como homossexualismo, preconceito, crimes.Devia ser mais lido e divulgado. Romance Histórico maravilhoso ( Não torçam o nariz por isso! ) Essência por favor lance a continuação! Bookaholic desesperada aqui! Só tenho algumas observações não tão legais a fazer sobre o livro, contém spoilers, para ler, selecione abaixo:
ZONA DE SPOILER: O livro é sensacional, mas algumas partes parecerem um bocado forçadas. Tudo acabou estranhamente bem demais para Fiona, com menos de 30 anos, ela era bilionária, reencontrou Joe, também bem sucedido, que não estava mais casado com Milie, nem era pai e estava loucamente apaixonado por ela também. Eles se casam, ela consegue o perdão de William, reencontra Charles, que não morreu e ainda desbanca Burton. Sinceramente não pareceu muito real, um final inconcente demais, se ela acabasse com Will, faria mais sentido. E Jack Estripador como William Burton? Não colou pra mim, porque um milionário sairia matando prostitutas? Sei lá, mas isso é mínimo perto do quão incrível é o livro, vou perdoar.
Sinopse: "Sob suas tendas listradas de preto e branco uma experiência única está prestes a ser revelada: um banquete para os sentidos, um lugar no qual é possível se perder em um Labirinto de Nuvens, vagar por um exuberante Jardim de Gelo, assistir maravilhado a uma contorcionista tatuada se dobrar até caber em uma pequena caixa de vidro ou deixar-se envolver pelos deliciosos aromas de caramelo e canela que pairam no ar. Por trás de todos os truques e encantos, porém, uma feroz competição está em andamento: um duelo entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, treinados desde a infância para participar de um duelo ao qual apenas um deles sobreviverá. À medida que o circo viaja pelo mundo, as façanhas de magia ganham novos e fantásticos contornos. Celia e Marco, porém, encaram tudo como uma maravilhosa parceria. Inocentes, mergulham de cabeça num amor profundo, mágico e apaixonado, que faz as luzes cintilarem e o ambiente esquentar cada vez que suas mãos se tocam. Mas o jogo tem que continuar, e o destino de todos os envolvidos, do extraordinário elenco circense à plateia, está, assim como os acrobatas acima deles, na corda bamba. "
O circo da noite foi desses livros que de cara me chamam atenção. Livros que logo saio procurando por opiniões, resenhas, melhores preços e mentalmente já coloco na listinha: " prováveis favoritos. " Todos sabem que o livro tem dado o que falar, e os leitores estão se dividindo em dois, entre aqueles que amaram de paixão a leitura e aqueles que odiaram e tacam quatro pedras no mesmo. Fiquei um tempo indecisa se lia, e se me decepcionar? Mas num impulso enorme, com dinheiro na mão em frente á livraria decidi: vou comprar, se não ler nunca vou poder saber se vale ou não a pena.
O circo da noite conta a história de Marco e Celia que desde pequenos foram destinados a um jogo, misterioso e mágico jogo do qual eles pouco sabem. Acompanhamos os preparativos, os treinos que precedem o combate e toda a tensão envolta dele como também o surgimento doLe Cirque des Revês, que vai muito além de meros truques de ilusão, palhaços e acrobatas. Um circo todo em preto e branco, que abre ao anoitecer e fecha ao amanhecer e aparece, como mágica, sem anúncio ou aviso em alguma cidadezinha por aí. Um circo que encanta jovens e adultos, tornando seus mais íntimos sonhos em realidade, um circo que será palco do maior espetáculo, de Marco e Célia, mas acima de tudo, o espetáculo do amor.
Quando li Águas para elefantes, eu esperava um livro que mergulhasse na cultura circense, que me levasse até aquele circo mágico, grandioso do imaginário popular. Porém, o foco é outro, o livro mostra é a dura realidade por trás dos palcos. O circo da noite, felizmente veio suprir essa vontade de conhecer e se encantar com um grandioso circo.É incrível como a autora criou um universo completamente mágico, surreal e fascinante envolta doLe Cirque des Revês e assim como em todo o livro. O leitor é apenas mais um expectador, que sonha acordado na madrugada enquanto se aventura por inusitadas tendas e mais tendas em preto e branco. Exótico, único. Os personagens são igualmente curiosos, bem desenvolvidos e cheios de magia. Adorei particularmente os gêmeos Murray, espertos.
A narrativa é lenta e descritiva. Os capítulos alternam entre anos, vão e voltam. Adorei a escrita da autora, pincelada de mistério, sempre deixando alguma coisa no ar. A história toda é misteriosa, sombria, charmosa, chego achar até poética. Vivenciamos o final do século XIX. O circo da noite é um desses livros que ultrapassa a originalidade. Finalmente encontrei um livro circense, como eu tanto queria, inteiramente mágico, porém acho que o duelo entre Marco e Célia deixou a desejar. Ambos passam a maior parte do livro sem nada de concreto saber sobre o jogo, perdidos, ensaiando um combate que nunca acontece de fato, só indiretamente. Talvez no fim, como tantos dizem, o principal acontecimento, personagem, a alma do livro seja o circo, Marco, Célia, o duelo, o romance entre eles e todos os outros são apenas peças do quebra cabeça.
Sou mais uma que acabou em cima do muro, amei completamente o universo surreal e encantador do livro, Le Cirque des Revês, mas ainda acho que em relação ao duelo, Marco e Célia, a autora poderia ter sido um bocado mais feliz, ter caprichado mais. Se isso tivesse acontecido, certeza que O circo da noite seria um dos melhores livros que já li em toda a vida. Se vale a pena ler? Sim, essa leitura é uma experiência única, não há palavras para descrever. Se você vai amar? Não sei, só sei que quem entra no Le Cirque des Revês nunca mais é o mesmo, é um mundo de sonhos e pura emoção.
Autora: Iracy Araujo Ano: 2011 Editora: Novo Século Onde Comprar: Classificação: ( 3/5 )
Sinopse:Quíron, o primeiro-ministro, mantém o reino da Terra do Lago em equilíbrio e prosperidade. Rei Darel está feliz com o nascimento da princesa Diana, sua única filha e herdeira. As sombras do exército de Magnus, o impiedoso, avançam sorrateiramente sobre a cidade conquistada pelas mãos do sanguinário invasor. Na calada da noite, Quíron consegue fugir do castelo com sua filha Selene e a pequena Diana, salvando a princesa da morte certa. Conseguirá o fiel ministro mantê-la a salvo da tirania de Magnus?
Após prever a morte de parto da rainha Yllana, Quíron o primeiro ministro é expulso por Darel, rei da Terra do Lago. Após um tempo e ao dar a luz á princesa Diana a rainha falece. A profecia se cumpre. Em meio a esse momento difícil Darel perdoa o amigo Quíron, e ele volta ao castelo. Mais tarde quando Magnus quer invadir o reino, o rei confia a Quíron a missão de proteger a princesa e levá-la para longe dos inimigos, haja o que houvesse Diana teria de ficar a salvo, é a última esperança do povo e da dinastia dos D´Reins. Juntamente a sua filha Selene, Quíron parte numa aventura que mudaria o curso de sua vida para sempre. Enquanto vivia na floresta Selene conhece Gabriel, o último mago de um reino mágico, Avenir, ele lhe revela que ela tem o dom da magia e lhe pede para que largue tudo e vá viver no reino, aperfeiçoando seus poderes para mais tarde ser a Senhora de Avenir e proteger a princesa Diana da constante ameaça do tirano Magnus.
As crônicas da terra do lago tinha tudo para ser excelente. Um enredo que mescla magia, aventura com ares medievais, uma história que contava com elementos fortes que prometiam uma boa trama, como um tirano sangrento, uma princesa que é a última esperança de um povo oprimido, uma maga, a promessa do amanhã. Mas não, se por um lado a proposta é muito boa, o desenvolvimento do livro é ruim. Descrição, diálogos, personagens, capítulos rasos e superficiais. Isso me entristeceu demais. O livro de pouco mais de 140 páginas realmente tinha potencial, que foi todo desperdiçado. A autora correu com a história a todo momento, não deu ênfase merecida a nenhuma parte e no fim não consegui me ligar a nenhum personagem. Muita coisa ficou no ar, sem resposta, apenas pincelado na trama, uma pena pois poderia ter incrementado em muito a história. Se Iracy tivesse aproveitado essas deixas, o poder de Selene por exemplo, a rivalidade entre os reinos de Darel e Magnus, as lutas, o reino de Avenir, a princesa Diana o resultado final seria diferente e bem mais interessante.
Faltou profundidade, maiores explicações, detalhes umas 100 páginas a mais seriam bem vindas. Uma coisa que me incomodou foi que quando Selene começa seus treinamentos em Avenir, tudo vai ficando bom se passam 10 anos. Não ficamos sabendo de nada sobre esse período, Selene agora Senhora de Avenir que era para ser uma grande maga e guerreira continua a mesma criança imatura que chegou tempos atrás. O tempo passa e os personagens continuam os mesmos psicologicamente, estranho. A princesa Diana foi uma mera coadjuvantemente, mal sabemos dela. Quíron, o " primeiro ministro " da capa do livro teve um papel importante porém também ficou em segundo plano. A governanta Madelaine e o mago Gabriel que me lembrou levemente Dumbledore chamaram minha atenção porém também faltou profundidade neles. A magia que imaginei estar fortemente presente no livro foi mal abordada, o que foi introduzido sobre a sociedade de magia, os reinos e afins me deixou ansiosa por um aprofundamento maior que não veio.
Faltou algo, um maior fervor, não sei ao certo. Só sei que esperava mais do livro. Ficou uma sensação de que ele é a introdução de uma história maior, apenas um capítulo, os personagens e todo o resto desvendaremos a seguir. Só lamento. Também não entendi o porque de Avenir ter de proteger tanto o reino de Darel. As crônicas da terra do lago é um bom livro, com um enredo que tinha tudo para ser fenomenal só que infelizmente foi muito mal desenvolvido, faltou maior atenção aos detalhes, uma incrementada para que a história ficasse perfeita. Uma pena, pois tinha potencial.