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sábado, 7 de abril de 2012

Cantinho da Dani: Razão e Sensibilidade


Título: Razão e Sensibilidade
Autor: Jane Austen
Editora: Martin Claret
Número de páginas: 298
Ano: 1811 - 2009
Onde comprar: SubmarinoSaraiva
Classificação: (3/5)

Resenha: Razão e Sensibilidade (1811) é a história de duas irmãs - Elinor e Marianne, respectivamente a "racional" e a "sensível" -, as quais, em razão do falecimento do pai, têm de se adaptar a um estilo de vida mais modesto, em meio a uma sociedade inteiramente dirigida pelo status social.


 Já ouvi falar tanto de Jane Austen que já estava inconformada por ainda não conhecer nenhum de seus livros, famosos pelos romances femininos. Jane Austen é uma das maiores escritoras inglesas, ocupando lugar junto ao escritor William Shakespeare. Mesmo com tanto gabarito, suas obras nunca me chamaram atenção, ainda mais pelos títulos, os mais famosos: Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito, Persuasão... realmente, nenhum interesse em lê-los, parece algo do tipo auto-ajuda... Mas, de tanto ouvir sobre os livros de “Jane Austen”, o clássico dos clássicos, fui ler Razão e Sensibilidade.

 Razão e Sensibilidade relata a história de Elinor e Marianne, respectivamente a “racional” e a “sensível”. São filhas da Sra. Dashwood e também possuem uma irmã mais nova, Margaret; tiveram que habituar a um novo estilo de vida sem luxos após o falecimento do Sr. Dashwood, o que as levaram a mudar-se para um chalé.

 Achei a leitura cansativa e maçante, nada envolvente. Penso que muitos discordam de mim! Os homens, os pretendentes, não são príncipes encantados, o que me espantou pois pensava que os romances feministas de Jane Austen eram feitos para se sonharem com os homens perfeitos, rsrs. Mas, muito pelo contrário, Edward, Willoughby, coronel Brandon, são homens são indecisos, fracos, covardes, canalhas, fanfarrões ou velhos. Personagens sem muita personalidade. Em minha opinião, muito previsível.

 Elinor, a racional, dissimula seus sentimentos sempre com muito autocontrole. Já Marianne, a sensível, expressa com exagero o que sente, o que irrita bastante, crises de histeria, chorando o tempo todo, irritante mesmo. Há uma discrepância entre as duas irmãs nesse ponto notável, embora de forma que as duas se completem.

 Elas vivem em meio a uma sociedade egoísta, ambiciosa e que dá mais valor ao dinheiro e ao status do que a coisas mais necessárias, como o amor, a amizade, a união. Uma crítica ainda presente nos dias atuais.

 Mesmo com alguns pontos negativos no livro, o que achei de mais interessante ao lê-lo foi reparar os costumes e os hábitos naquela época. Relançado sempre, os livros de Jane Austen não se perdem no tempo, mesmo com descrições de lugares, trajes, paisagens e mesmo na linguagem usada próprias da época abordada. Adoro esse aspecto histórico num livro, de estar entendendo melhor sobre determinado assunto e determinada época. Até porque, afinal, clássico é sempre clássico.

Dani Côrtes

sábado, 17 de março de 2012

Cantinho da Dani: Os Contos de Beedle, O Bardo

Autor: J. K. Rowling
Editora: Rocco
Número de páginas: 107
Ano: 2008
Onde comprar: Saraiva
Classificação: (5/5)

Sinopse: "Os contos de Beedle, o Bardo" são cinco histórias de fadas diferentes entre si. Cada uma delas é dotada de um caráter mágico próprio e proporcionarão, a seu turno, prazer, riso e a emoção do perigo mortal. Trouxas e bruxos vão apreciar os comentários de autoria do professor Alvo Dumbledore, nos quais ele reflete sobre a moral ilustrada pelos contos e dá breves notícias sobre a vida em Hogwarts. Um volume singularmente mágico, ilustrado pela autora, J.K. Rowling, e que ficará guardado na lembrança por muitos anos.



  Em Harry Potter e as Relíquias da Morte, Hermione recebe de Dumbledore um livro de presente. Esse livro é Os Contos de Beedle, o Bardo. Trata-se de um livro curtinho e extremamente agradável. Na verdade, eu diria curto até demais, gostaria muito que fosse maior, rsrs.


  Já há algum tempo que foi lançado, mas, na minha opinião, ele não foi bem divulgado; muitos que acompanharam a série não leram e tantos nem chegaram a ouvir falar. E é uma pena, pois é mesmo bem legal e interessante. O nome “Harry Potter” não é mencionado nesse pequeno livro, mas estar de volta ao seu mundo mágico traz uma felicidade aos nossos corações que sentem saudades de suas aventuras. A leitura desse livro é indispensável para qualquer um que acompanhou a série do bruxinho mais querido de todos!


  São cinco histórias que qualquer bruxo aprende ainda criança da boca dos pais na hora de dormir, assim como nós trouxas aprendemos nossas tradicionais histórias. E, assim também, possuem uma moral ao final, sendo que os bons valores são cultivados; assemelhando aos nossos contos de fadas, como diz a própria J. K. Rowling na introdução, pois “a virtude é normalmente premiada e o vício castigado”.

  O livro foi traduzido das runas antigas por Hermione Granger e cada história possui ao final uma nota escrita pelo próprio Dumbledore alguns meses antes morrer. Nas notas ele dá informações sobre a história e elementos que aparecem em seu enredo, isso quer dizer que você que não leu a série pode ler esse livro que compreenderá. Tais notas enriquecem demasiadamente o livro, escritos com várias ironias e subtendidos deixados por Dumbledore.

  Das cinco histórias, quatro são inéditas: O Bruxo e o Caldeirão Saltitante, A Fonte da Sorte, O Coração Peludo do Mago e Babbitty, a Coelha, e seu Toco Gargalhante. A quinta é uma história que aparece na narrativa do sétimo livro da série, portanto já nossa conhecida, O Conto dos Três Irmãos, que, por sinal, foi essencial para solucionar todo o mistério o último livro da saga.

  Quem não leu, deve ler! Quem não leu os sete livros e, especialmente, quem faz parte da geração Harry Potter!

Dani Côrtes

sexta-feira, 9 de março de 2012

Cantinho da Dani: A Menina Que Não Sabia Ler


Título: A Menina Que Não Sabia Ler
Autor: John Harding
Editora: Leya Brasil
Número de páginas: 288
Ano: 2010
Onde comprar: Submarino/ Saraiva
Classificação: (5/5)

Sinopse: Em uma distante e escura mansão, onde nada é o que parece, a pequena Florence é negligenciada pelo seu tutor e tio. Guardada como um brinquedo, a menina passa seus dias perambulando pelos corredores e inventando histórias que conta a si mesma, em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que um dia Florence encontra a biblioteca proibida da mansão. E passa a devorar os livros em segredo.Mas existem mistérios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Quem eram seus pais? Por que Florence sonha sempre com uma misteriosa mulher ameaçando Giles, seu irmão caçula? O que esconde a srta. Taylor? E por que o tio a proibiu de ler? Florence precisa reunir todas as pistas possíveis e encontrar respostas que ajudem a defender o irmão e preservar sua paixão secreta pelos livros – únicos companheiros e confidentes – antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário. Ou será que tudo isso não seria somente delírios de uma jovem com muita imaginação?


  A Menina Que Não Sabia Ler conta a história da pequena órfã Florence que, junto a seu irmão menor Giles, mora em uma mansão na fazenda sendo sustentada e negligenciada por seu tio e tutor, o qual ela desconhece, nunca fora, ao menos, fazer-lhes uma visita. Florence e seu irmão ficam, portanto, aos cuidados dos empregados na enorme e sombria casa.

  Florence é impedida de aprender a ler por seu tio, pois este havia se decepcionado por uma mulher que era muito culta e o abandonou. Enquanto Giles aprende a ler e escrever, Florence é orientada a bordar. Contudo, Florence é uma menina muito ativa e bordar não é do seu interesse. Um dia quando estava brincando com seu irmão descobre o que tem atrás de uma porta proibida: uma grande biblioteca. Sozinha Florence aprende ler e escrever, escondida lê os vários livros da biblioteca.

  Giles é mandado para um colégio interno em Nova Iorque; Florence se sente, pois, muito triste e sozinha, mas terá a companhia de um novo amigo, Theo Van Hoosier que é seu vizinho.

  Florence é uma garota muito esperta, simpática até certo ponto, ama exageradamente seu irmão, e dá uma super pena dela pois não tem ninguém que se preocupe com ela. Afastada da sociedade, Florence vê nos livros o único modo de conhecer o mundo exterior, sendo neles também onde pode se esconder da realidade.

  Giles não consegue se adaptar muito bem ao colégio, então após um semestre volta para casa. Uma preceptora é contratada para instruir Giles. A primeira preceptora tem uma curta passagem no livro. A segunda, sra. Taylor, dará muito trabalho para Florence. Ou o contrário.

  A leitura é bastante agradável, daqueles livros que você não quer parar de ler até acabar. É tão envolvente, mas tão envolvente que vou contar um segredo. Eu fiz uma coisa horrível. Horrorosa. Muito, muito feia. Mas me poupem, por favor, foi a primeira vez que fiz isso e será a última, prometo! E deixo bem claro para não fazer isso em casa. Eu estava na metade do livro, já estava muito tarde e eu necessitava saber o final. Aah, que vergonha! Acanhadamente confesso que li o spoiler do livro! Foi mais forte do que eu, não deu para segurar! Eu repito, não façam isso!!! Foi a pior coisa que eu fiz. Mas não consegui me controlar!

  Mesmo eu tendo rateado muito, isso não me impediu de gostar do livro. Uma história diferente, um livro cheio de mistério, suspense, segredos. E é muito legal como o autor coloca os fatos, ele não os conta, mas dá todas as dicas de forma que, involuntariamente, se entende tudo o que por trás, tudo o que ele não disse expressamente. Florence não entendia esses fatos e a vontade de tirar ela do livro e dizer que ela estava errada ou que ela deveria prestar mais atenção é enorme.

  O título original é Florence and Giles, e a alteração para A Menina Que Não Sabia Ler trouxe uma pequena polêmica, já que ela apenas não sabia ler no primeiro capítulo, sendo que depois ela é uma leitora mais compulsiva que todos nós juntos. Mas eu entendo que há muito mais por trás desse título. Há uma extensão nesse pensamento. Arraigada aos livros, Florence não sabe ler a realidade, não sabe diferenciar o que está ali escrito da pura imaginação.

  Outro ponto polêmico do livro é o final. O final é para muitos um motivo de grande revolta, inclusive para mim em um primeiro momento; mas, analisando bem, é totalmente compreensivo e é o que se encaixa melhor no contexto. Não teria sentido se fosse diferente. Está tudo entrelaçado, cada detalhe, não dava para ser outro o final.

  Recomendo muitíssimo. Só não recomendo que leiam o spoiler. Com isso aprendi uma lição, hahaha. Estou rindo mas o recado é sério, ok?

Dani Côrtes

sexta-feira, 2 de março de 2012

Cantinho da Dani: Resenha - Os Elefantes Não Esquecem


Título: Os Elefantes Não Esquecem
Autor: Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira
Número de páginas: 175
Ano: 1972
Onde comprar: Saraiva
Classificação: (4/5)

Sinopse: Hercule Poirot parou no alto do penhasco. Neste cenário, uma mulher sofrera uma trágico acidente, anos atrás. Algum tempo depois, mais uma tragédia: dois outros corpos foram descobertos - marido e mulher - mortos a tiros. Mas quem matou? Teria sido um pacto suicida? Um crime passional? Ou um assassinato a sangue-frio? Poirot embrenha-se no passado e descobre que ´antigos pecados deixam marcas profundas.


  É com enorme vergonha que confesso: foi a primeira vez que li Agatha Christie!
 Vocês devem estar se perguntando: como assim? Qualquer bom leitor, ou melhor, qualquer leitor razoável já leu Agatha! É impossível que haja uma pessoa que nunca tenha lido!
  Entretanto sempre há um louco que contraria as regras! (Je)

  Mas agora entendi o porquê de Agatha Christie ser tão famosa e todos gostarem tanto dela. Seus livros são leves, fáceis de ler, ao mesmo tempo que a história inteligentemente elaborada e desafia o leitor a resolver um mistério aparentemente sem solução. E isso dá uma vontade de quero mais, quero ver se consigo ser mais esperta, não é assim?

  Em Os Elefantes Não Esquecem, o grande detetive Poirot é procurado pela Sra. Oliver para solucionar um curioso caso. Sra. Oliver é um grande escritora de romances policiais que foi procurada pela Sra. Burton-Cox querendo saber sobre a estranha morte dos pais de uma afilhada sua, Celia Ravenscroft, que ocorreu há mais de dez anos atrás. A morte ocorreu na casa do casal, sendo que eles foram encontrados mortos junto com a arma do crime. A Sra. Burton-Cox gostaria de saber se fora o pai que matou a mãe e se suicidou, se foi o inverso ou ainda se fora um pacto de morte.

  O título do livro é devido ao fato que Sra. Oliver sai em busca da verdade entrevistando velhos amigos, contando que ainda se lembravam do caso. No final ela entende que cada um só lembra aquilo que quer lembrar e da forma que quer lembrar. Mesmo assim Poirot aproveita a memória de alguns “elefantes” para elucidar o caso.

  A Sra. Oliver faz-me pensar que nela Agatha colocou um pouco de si, já que é uma grande escritora de romances policiais, às vezes confundida com o próprio Poirot pelos fãs a fim de solucionar mistérios, que não gosta de reuniões e de aparecer em público... parecia que ela estava falando dela mesma.

  Os ingleses são sempre muito frios, acho isso impressionante e engraçado. Totalmente o contrário de nós brasileiros, não é? Nada os abala, nenhum sofrimento os derruba, não se importam de ficar longe das pessoas, não se emocionam e não padecem diante da morte de um ente querido. Também é com tanta facilidade que as personagens de Agatha matam. Impressionante. É fácil demais dar um tiro e até mesmo se suicidar.

  Poirot muito sagaz e muito observador, um mestre do raciocínio. Em Os Elefantes Não Esquecem consegui deduzir a verdadeira história, não com riqueza de detalhes como é colocado no final, mas consegui acompanhar o raciocínio.  E só por isso fiquei me achando o máximo, hahahaha. Acabei lendo outros livros dela essa semana mas não obtive em todas o mesmo sucesso, como, por exemplo, em O Assassinato no Beco. Neste outro livro há realmente uma linha de raciocínio muito difícil de acompanhar, pelo menos eu achei. Mas o pior de tudo é que todos os indícios foram dados, estava tudo contado no decorrer do texto, mas não consegui unir os fatos para formar uma conclusão. Agatha muito esperta.

  E você? O que acha de Agatha? Já leu seus livros ou ainda faz parte da minoria que não a leu (irruuul, já passei dessa fase!!!)? Consegue desvendar seus enigmas? Deixe aí seu comentário!

Dani Côrtes

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Cantinho da Dani: Resenha - As Possuídas

Título: As Possuídas (ou Mulheres Perfeitas nas novas edições)
Autor: Ira Levin
Editora: Círculo do Livro (e Bertrand Brasil - novas edições)
Número de páginas: 164
Ano: 1972
Onde comprar: Submarino/ Saraiva
Classificação: (4/5)

Sinopse: Para Joanna, seu marido Walter e seus filhos, a mudança para a linda Stepford parece boa demais para ser verdade. E é. Por trás da idílica fachada da cidade, esconde-se um terrível segredo - um segredo tão devastador, que aquela que se defrontar com ele jamais será a mesma.
  Ao mesmo tempo uma obra-prima do suspense psicológico e uma crítica feroz a uma sociedade dominada pela mídia, que valoriza a busca da beleza e da juventude a qualquer preço, "Mulheres Perfeitas" é um romance cujo desfecho é tão aterrador, que seu título original, The Stepford Wives (As Esposas de Stepford), passou a fazer parte do vocabulário norte-americano. (Saraiva)



  Ira Levin, conhecido por suas histórias de terror e suspense, entre as suas mais famosas obras está o clássico O Bebê de Rosemary. Mas, sinceramente, em As Possuídas não achei nada que me desse medo. E nem é história de exorcismo, por mais que o nome sugira. Acho que para a época foi um livro terrível, mas hoje em dia até a história da Branca de Neve dá mais medo.

  Entretanto esses fatos não desmerecem o livro, porque mesmo que ele não tenha conseguido me fazer sentir medo foi divertido ler. Li por indicação da Linara, em apenas um dia. É um livro bem leve, uma leitura agradável, bem para descontrair.

  Eu não encontrei bem o motivo, mas as novas edições mudaram o nome do livro para Mulheres Perfeitas, mas posso imaginar que seja por causa do filme. Sim, esse livro foi adaptado para o cinema. Duas vezes. A primeira em 1975 com o título Esposas em Conflito, esse não consegui assistir, não encontrei nas locadoras daqui e o FBI me impede de baixar. E a segunda, possivelmente muitos já assistiram, foi em 2004, Mulheres Perfeitas com a Nicole Kidman, porém é uma adaptação não muito compromissada com o livro, muda a história, o final, mas é um filme muito legal, uma comédia em que fica a essência do livro.

  Joanna, Walter e os filhos mudam-se para uma bela cidadezinha, Stepford, a cidade ideal. Mas Joanna começa a achar tudo muito estranho, todas as mulheres daquela cidade parecem muito obcecadas com trabalhos domésticos, as casas são impecáveis e estão sempre muito arrumadinhas, nunca passeiam e nem tem tempo para conversar com as vizinhas, parecem modelos que os comerciais idealizam. Também misteriosa é a tal Associação Masculina, onde os homens dizem resolver problemas sociais mas em que não é permitida a entrada das mulheres.

  O que tanto eles resolvem se Stepford é uma cidade tão impecável? E por que mulheres não podem participar? Um mistério envolve o lugar, até as suas amigas Bobbie e Charmaine que não eram adeptas dos trabalhos domésticos estão agora mudadas... O que é isso e como se salvar? Alguma coisa na água? No solo? Uma conspiração? É o que Joanna investiga e tenta fugir dos efeitos.

  Também é válido comentar sobre a crítica existente no livro em relação à sociedade, onde há uma disputa entre os sexos, a falta de personalidade e opinião das pessoas e a preocupação com a beleza e a aparência.


Dani Côrtes

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Cantinho da Dani: Resenha: O Tamanho do Céu


Título: O Tamanho do Céu
Autora: Thrity Umrigar
Editora: Nova Fronteira
Número de páginas: 380
Ano: 2009
Onde comprar: SubmarinoSaraiva
Classificação: (4/5)

Sinopse: Thrity Umrigar, autora com mais de 250 mil livros vendidos somente no Brasil entre eles o best-seller "A distância entre nós", apresenta em seu mais novo romance, uma história sobre, amizade, amor e ternura. Onde um casal recebe uma proposta inesperada de emprego do outro lado do mundo, na Índia, onde terão suas vidas transformadas para sempre. (Skoob)

  Ah esse livro foi uma paixão à primeira página! Super envolvente, uma história que conquista, com tanta essência, eu não queria parar de ler! Tenho muitas testemunhas que me ouviram dizer “quero ir embora logo para ler meu livro”, “essa aula que não acaba, quero ler meu livro”, “já vou, deixa só eu terminar aqui o livro” hahahaha.

  Frank e Ellie são casados e perderam seu filho Benny, de apenas sete anos, de uma forma inesperada. Frank recebeu no trabalho uma proposta para mudar-se para Índia, vendo como uma chance de recomeçar suas vidas, ou simplesmente como um refúgio.

  Na Índia conhecem um garoto, Ramesh, nove anos, o oposto de Benny mas com quem o casal, e de maneira mais especial Frank, tem um grande carinho. Frank está, na verdade, substituindo o lugar de Benny com a presença de Ramesh, convive com ele como se Ramesh fosse seu filho; e nessa relação, quase paternal, é onde Frank consegue reencontrar a felicidade.

  O casamento de Frank e Ellie não é o mesmo depois da morte de Benny, um casal no qual nota-se um grande amor, são apaixonados, mas não conseguem superar a morte do pequeno filho, que era o complemento; e durante todo o livro são mostrados esses dilemas que ambos personagem tem que encarar para se reerguerem.

  Ellie ama a Índia, o povo, a comida, as danças, a alegria, as cores... mas a sua Índia é diferente da de Frank. Frank tem que encarar na empresa várias problemas trabalhistas, um mundo globalizado que exclui os mais necessitados, em que a riqueza humilha a pobreza, uma outra realidade.

  Um livro lindo e com muita profundidade... dá uma olhadinha na intensidade desse trechinho:
“... Ela olhou para o menino [Ramesh] de pele escura com as unhas sujas sentado ali, tocando-a com um dedo, e ela sabia que nada do que havia acontecido nas semanas após a morte de Benny – os bilhetes, os cartões, as mensagens sussurradas de coragem e esperança, as preces, as frases feitas e lugares-comuns -, nada a havia atingido tão profundamente como as frases desajeitadas repletas de erros deste menino. Todos os outros haviam dito que lamentavam, todos disseram que era uma tragédia, uma pena, uma desgraça, uma coisa grotesca, alguns haviam se revoltado contra Deus, outros a tinham aconselhado a acatar Sua vontade. Mas ninguém havia dito que estava triste por Ben.” – pág. 34.
  Não é forte? Olha como a autora consegue colher o íntimo, toda a essência dos personagens. É o máximo!

  Mas agora me perguntam: por que não deu 5 na classificação se gostou tanto do livro?
  Resposta: O final! Utilizo todas as palavras sinônimas de decepcionante, horrível e odiei. Deveria tirar todas as estrelas por conta desse final. Mas aí eu seria muito injusta porque realmente a parte antes do final é encantadora, e o final é um pedaço bem pequeno do livro rsrs. Sinceramente, se eu fosse a editora diria ao ler o rascunho: “Querida Thrity Umrigar, eu publico o seu livro, porém mude o final!!! Ou não mude, termine sem final que é melhor do que isso!”

  Mesmo tendo odiado o final recomendo o livro, é só parar antes do final que fica tudo certo! Vou ler mais livros da Thrity Umrigar (que eu nem sei direito como se pronuncia), porque a sua escrita é deliciosa. Só espero que o final dos demais livros dela sejam, se não bons, ao menos aceitáveis.

  Tenho certeza que muita gente, especialmente o pessoal do estilo Academia de Letras, não concorda comigo, vai dizer um monte de coisas tipo “o final foi o melhor” ou “uma história assim exigia um final como esse”, mas a minha opinião é essa! Posso até estar exagerando, costumo mesmo ser um pouco exagerada, mas divido o livro em “antes do final” com a nota máxima e “o final” com nota mínima!

  Deixem aí seus comentários! 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Cantinho da Dani: Resenha - Meu Nome é Will


  • Título: Meu Nome é Will: Sexo, Drogas e Shakespeare
    Autor: Jess Winfield
    Editora: Prumo
    Número de páginas: 352
    Ano: 2009
    Onde Comprar:
    Submarino/ Saraiva
    Classificação: (3/5)

    Sinopse: William Shakespeare Greenberg, Will, é um estudante que está escrevendo sua tese de pós-graduação e está desesperado para conseguir dinheiro. O segundo Shakespeare é o personagem histórico, o jovem professor de latim e dramaturgo William Shakespeare. Apesar de separados no tempo e no espaço, as vidas de Will e de William se entrelaçam com irreverência, humor e bom gosto literário, fundindo-se de maneiras inesperadas. 
    Uma ficção fascinante que diverte e enriquece ao abordar a vida e obra do grande poeta e dramaturgo inglês. 

  Esse livro conta as histórias de dois jovens William Shakespeare. Um é famoso por suas grandes obras literárias que retratam o caráter humano e a história se passa em 1582 na Inglaterra. Outro é um estudante vivendo no ano de 1986 na Califórnia, Estados Unidos.

  Meu Nome é Will trata de uma ficção, a história apresentados sobre a vida do nosso grande escritor não se apega à realidade, embora, como o próprio autor admite, ele tenha se baseado em fatos, lendas e suposições sobre a vida de Shakespeare.

  Já o Shakespeare moderno é um jovem tentando fazer a sua tese de mestrado em plena década de 80 sobre a vida do seu xará. Nada responsável, não se esforça e tem dificuldades em concluir a sua tese, sexo é banal e drogas é questão de sobrevivência, como o almoço de cada dia.

  O livro conta alternadamente a vida dos dois Shakespeares, cada capítulo a história é de um. Foi uma técnica muito legal utilizada pelo autor. É interessante como até o estilo muda, dá para notar bem a diferença de épocas. 

  E eu fiquei me achando super boba porque assim, eu estava lendo o Will moderno, o capítulo acabava e eu sabia que ia mudar a história mas eu queria que continuasse para saber o que vai acontecer, mas era forçada a viajar no tempo. Mas aí quando o capítulo do William famoso acabava, eu já não queria ir para o Will moderno. Eu fiz isso o livro inteiro, até porque não tive uma história preferida, as duas foram bem legais. Tudo que acontecia com um William acontecia também com outro, mas de forma diferença devido, claro, à diferença de tempo e espaço, e foi bem engraçado. Teve um capítulo que misturou as duas histórias e fiquei super confusa, tive que ler com muita atenção para conseguir entender, e ainda agora tenho dúvidas hahah. Mas mesmo assim adorei a técnica, bem irreverente.

  Embora o livro não tenha compromisso com a realidade, foi interessante ler, mesmo que se em segundo plano, sobre a perseguição dos católicos na Inglaterra, quando a rainha Elizabeth instituiu a “Nova Fé”, a religião protestante, e declarou que é traidor todo aquele que professasse a “Antiga Fé”, o catolicismo. Não lembro de ter lido nenhum livro que falasse sobre esse momento da História. Mas é, enfim, um livro para descontrair, cheio de humor e ironia.

    sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

    Cantinho da Dani: Resenha - O Hobbit

    Título: O Hobbit
    Autor: J. R. R. Tolkien
    Editora: WMF
    Número de páginas: 328
    Ano: 1937
    Onde comprar: Submarino/ Saraiva
    Classificação: (4/5)

    Sinopse: Inesperadamente, Bilbo Bolseiro, um hobbit de vida confortável, é levado para uma expedição por Gandalf e um grupo de anões. (Skoob)


      Nunca me interessei em ler Tolkien, o famoso Senhor dos Anéis nunca me chamou a atenção, lembro que quando estava bem estourado eu preferia muito mais Harry Potter. Entretanto desde a última semana o meu querido amigo João Vitor torrou toda a minha pouca paciência insistindo para que eu lesse algo do Tolkien. Acabei cedendo e por sua indicação li O Hobbit.

      Realmente estava enganada quanto a Tolkien, ele é mesmo um grande escritor e seu livro é mesmo muito bom. A sua leitura é gostosa, envolvente, bem descrita e assim fica fácil estar no meio da floresta em fila atrás dos anões. Em alguns momentos a narrativa chega a ser um pouco cansativa, porém nada que desmereça o livro, pois logo acontece algo que chama a atenção de modo que é difícil até parar para ver quem está chamando no msn rsrs!

      Tolkien criou um segundo mundo fictício cheio de criaturas estranhas e mistérios. O Hobbit é o primeiro livro que ele escreveu contando as histórias desse mundo, é um antecessor do Senhor dos Anéis.

      O livro narra a história de Bilbo Bolseiro, que é tio do Frodo do Senhor dos Anéis, um hobbit, uma criatura menor que um anão e que, após a visita do mago Gandalf e de treze anões, parte para uma aventura em busca de um tesouro que está guardado por um dragão.

      Durante a viagem até a montanha onde o dragão guarda o tesouro, os pequenos anões e o hobbit tiveram que enfrentar vários obstáculos e perigos. Quando eu pensava que os coitadinhos já estavam sofrendo muito acontecia algo bem pior. Porém sempre contava com a sorte, a inteligência e a esperteza para sair das maiores enrascadas com desfeches que sempre me surpreendiam. Uma ficção muito bem criada e detalhada.

      O livro será dividido em duas partes para uma adaptação cinematográfica, a primeira parte está prevista para sair ainda nesse ano, em dezembro. Agora pretendo ler O Senhor dos Anéis, continuar a saga de Tolkien.

    sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

    Cantinho da Dani: Resenha - O Apanhador no Campo de Centeio


    • Título: O Apanhador No Campo de Centeio 
    • Autor: J.D. Salinger
    • Editora: Editora do Autor
    • Número de páginas: 207
    • Ano: 1951
    • Onde comprar: Submarino/ Saraiva
    • Classificação: (5/5)

    • Sinopse:  Um garoto americano de 16 anos relata com suas próprias palavras as experiências que ele atravessa durante os tempos de escola e, depois, revela tudo o que se passa em sua cabeça. Saiba o que um adolescente pensa sobre seus pais, professores e amigos.

    •   Hoje faz dois anos que J. D. Salinger faleceu, e por isso pensei em postar a resenha desse livro que é de sua autoria, O Apanhador no Campo de Centeio. Um livro considerado um clássico por marcar uma geração, inova (na época) ao colocar o adolescente como um ser que tem condições de pensar, se expressar e ter suas razões; coloca a adolescência como uma fase importante da vida do ser humano, e não apenas uma fase de transição. Um livro que já ouvi falar bem dele e recebi algumas recomendações, mas que nunca tinha tomado iniciativa de ler. Porém eu deveria ter lido esse livro antes, é realmente bom!

      O livro conta a história de Holden, de apenas 16 anos e é narrado em primeira pessoa em uma linguagem coloquial. Coloquial até demais, muitas gírias, tudo muito próprio de um garoto de 16 anos; algumas expressões são repetidas o tempo todo como “ou coisa que valha” e “no duro”. Isso me deixou um pouco incomodada, mas logo me acostumei e confesso que foi essencial para criar a naturalidade do livro. O texto é bem humorado, com muita ironia, do jeito que gosto!
      
      Holden é um típico adolescente, às vezes bem maduro que eu pensava ter uns 20 e poucos anos, e em outros momentos imaturo demais, como um moleque de 12 anos. Um adolescente perdido no mundo buscando a sua identidade e onde se encaixa melhor na sociedade.  Foi expulso do colégio interno em que estudava (ou melhor, no qual não estudava), algo que já era quase normal. Não gostava do colégio, e nem da turma. Na verdade, gostava um pouco, mas não concordava com a visão e as atitudes fúteis deles. Já que tinha sido expulso, resolveu ir embora logo do colégio. Mas não queria voltar para casa e ter que encarar a realidade.

      No início não gostei de Holden não. Mas em poucas páginas já gostei. Em um primeiro momento ele me parecia um imbecil mimado. Mas depois fui descobrindo que ele tinha um conteúdo. Ele apenas não conseguia se adaptar à sociedade. Holden analisa a sociedade como um todo e não consegue concordar com determinados comportamentos humanos, gerando nele uma revolta. Revolta de adolescente.
      
      Já em Nova York não foi para casa. Andou errante pelas ruas e bares, reencontrou uma ex-namorada, um velho colega e um antigo professor. Sempre se metendo em frias e observando os costumes ao seu redor.Reencontrou também a sua irmã, Phoebe, de 10 anos. Fiquei apaixonada por ela, adoro crianças. E ele é tão cuidadoso com ela, gosta tanto dela, que fiquei encantada. Holden descreve Phoebe com tanta pureza e inocência, e ao mesmo tempo como muito esperta e inteligente; descrições dignas de uma criança.

      Sou tão bobinha que fiquei esperando um campo de centeio até quase o final do livro, até que entendi o verdadeiro sentido do título (inspirado num poema de Robert Burns) e achei super criativo. Acho tão difícil colocar títulos, até mesmo nas antigas redações, que fico impressionada com certos autores que conseguem colocam títulos tão criativos e condizentes nos livros.

      Enfim, leiam! Vale a pena, é um livro muito bom. Agora deixem aqui seu comentário! Não é preciso ter blog, o e-mail já basta! E aproveitem para seguir o blog, é só apertar participar aqui do lado direito!

    sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

    Cantinho da Dani: Resenha - O Último Irmão

      Hoje é sexta-feira e eu estou de volta! Estou contente por meu primeiro post na semana passada que tiveram bons número (30 comentários e 70 visualizações), especialmente por ter sido a minha estréia aqui! Agradeço a todos que contribuíram!
      Espero que gostem da resenha de hoje, é um livro que eu gostei muito e me tocou. Comentem dizendo o que acharam e quem ainda não seguiu o blog, siga! É só apertar participar aqui do lado direito, não precisa ter blog para isso, você pode utilizar o seu próprio e-mail.

    Título: O Último Irmão
    Autor: Nathacha Appanah
    Editora: Objetiva
    Número de páginas: 160
    Ano: 2008
    Onde comprar: Submarino/ Saraiva
    Classificação: (5/5)

    Sinopse: Em 1940, um navio atraca em Port-Louis, na ilha Maurício, trazendo a bordo cerca de 1.500 judeus expulsos da Palestina pelo governo britânico. Perto da prisão que serve de abrigo para os expatriados vive Raj, um garoto de 9 anos de família humilde, que desconhece o mundo e as tragédias que ocorrem fora da pequena ilha.
    Movido por sua curiosidade de criança, Raj decide desafiar os alertas do pai, um guarda, para não chegar perto do lugar. E se surpreende ao avistar, em vez de "ladrões e malfeitores", homens, mulheres e crianças brancos, magros e fatigados, como ele nunca imaginou que um branco pudesse ser.
      Um dia, durante uma rebelião, David, um garoto da mesma idade, consegue escapar das grades que cercam a prisão. Juntos eles viverão momentos da mais terna e profunda amizade - que ficarão marcados para sempre na memória de Raj - fugindo do inevitável com todas suas forças, um desafio que apenas a inocência e a esperança infantil podem encarar. 
      Muitos anos mais tarde, ao fim de sua vida, Raj relembra sua infância: a miséria nos canaviais, a recorrente violência do pai, a ternura e a cumplicidade maternas, as brincadeiras perto do rio com seus irmãos, o sol ardente, as chuvas diluvianas. O Último Irmão traz a história dessa amizade, dos momentos da mais pura e genuína felicidade.

      Escrito com extrema delicadeza, o livro relata a comovente união de duas infâncias sofridas, em uma mensagem de amor e esperança que já conquistou milhares de leitores na França e está sendo traduzida para 15 idiomas.


      Esse livro me conquistou! É maravilhoso! Adorei ler O Último Irmão, uma história linda e emocionante!
      O livro é muito gostoso de ler, a leitura é fácil porém bem formulada com um tom poético; a autora realmente sabe como prender e envolver o leitor. Os acontecimentos são bem ordenados e nada previsíveis.
      A história se passa nas Ilhas Maurício nos anos de 1944/45 e conta a história do encontro de duas infâncias, a de Raj e a de David.
      Raj é quem conta a história quando já está velho, relembrando o seu passado. Conta quando ainda era um menino de nove anos, totalmente alheio à Grande Guerra e aos acontecimentos exteriores ao seu mundo, que por sinal é bem limitado. Ele vivia em um pequeno vilarejo em meio à miséria, ao sofrimento e a violência doméstica praticada pelo seu pai alcoolatra, entretanto era feliz com a sua grande inocência e seus irmãos. Até que uma tragédia tira a vida de seus irmãos.
      Com seus pais, Raj mudou-se para um povoado pouco maior, onde a miséria não era tanta mas a felicidade já não existia. A sua nova casa ficava no meio de um bosque, entre um cemitério e uma prisão. Prisão essa que o pai agora trabalhava como guarda e que Raj estava proibido de ir, pois, segundo seu pai, lá havia mAlfEitOrEs, lAdrÕEs e clAndEstinOs.
      David tem apenas 10 anos, é judeu e perdeu seus pais. Em decorrência da Segunda Guerra Mundial, o pequeno garoto foi levado para uma prisão nas Ilhas Maurício, justamente onde o pai de Raj trabalha.
      Raj acaba desobedecendo seu pai e encontra em vez de “mAlfEitOrEs, lAdrÕEs e clAndEstinOs”, homens, mulheres e crianças brancos, miseráveis de um jeito como ele jamais imaginou que um branco pudesse ser.
      Através dos arames farpados eles se conhecem e começam uma profunda amizade. Um tempo depois, David consegue fugir da prisão e se encontra com Raj, juntos vivem momentos de sinceras alegrias. Decidem fugir para bem longe daquele lugar, o que dá início a uma grande e infeliz aventura.
      A amizade entre eles é admirável, com a verdadeira pureza de duas crianças, e que em pouco tempo a construíram tão intensamente. Impossível não se emocionar com esses dois amigos que tinham em suas almas, ainda tão infantis, tão grandes esperanças.

    sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

    Cantinho da Dani: Resenha - O Testamento

      Olá pessoal! Meu nome é Daniella e é um prazer estar aqui com vocês!! Sou amiga da Geovanna, tenho 19 anos e estou no 5º período de Direito da UEMG. Sinto-me honrada de postar aqui no Garota das Letras, um blog tão fofo, não é? Estarei postando toda sexta no Cantinho da Dani, mas, claro, se vocês leitores aprovarem o meu primeiro post! Estão esperando eu apresentar meu blog? Ah, isso não vai acontecer! Eu não tenho blog e a razão é bem simples, sou muito enrolada. Então, coitado dos meus leitores! Só iam conseguir ler um post meu a cada mês, ou cada semestre, cada ano, algo do tipo... Aaah, mas chega de lero-lero... lá vai a minha primeira resenha!

    Autor: John Grisham
    Editora: Rocco
    Ano: 1999
    Onde Comprar: Submarino/ Saraiva ( no sub tá 10,00!!)
    Classificação: (4/5)

    Sinopse: " O que você faria se fosse herdeiro de onze bilhões de dólares? Uma boa pergunta que tem uma eletrizante resposta neste novo romance de John GrishamO autor desenvolve a história da família Phelan - do patriarca, Troy Phelan, a seus estranhos herdeiros. Depois de escrever seu último testamento, o bilionário se suicida, iniciando uma batalha onde não faltam alcatéias de advogados, repórteres peçonhentos e uma família destroçada pela ambição e pelo dinheiro."

      Essa foi a primeira vez que li um livro de John Grisham e também uma ficção jurídica. Particularmente gostei muito da narrativa do autor, a leitura flui muito bem dando sempre aquele gostinho de quero mais; e por incrível que pareça o autor conseguiu se afastar dos vocábulos complexos, quase inerentes aos advogados, além de explicar os procedimentos legais com simplicidade e didática. O fato de ser um thriller jurídico e achar que não irá compreender não é desculpa para ninguémO livro trata de um testamento no valor de onze bilhões de dólares (sim, a quantia irrisória de onze bilhões de dólares), vários personagens gananciosos e a verdadeira herdeira nada interessada. 


      Troy, o velho dono da fortuna, era rabugento e impertinente, morreu deixando o dinheiro todo para uma filha rejeitada da qual ninguém havia ouvido falar e excluiu do testamento os seus seis filhos conhecidos, que por sinal são uns chatos, irresponsáveis e cheios de dívidas. Mas também com um pai ausente como Troy e que ficava contente ao ver os filhos fracassarem, os seus filhos tinham que ser completos idiotas mesmo.

      Troy planejou a própria morte, chamou os filhos com seus advogados e também psiquiatras para provarem que estava em perfeita condição mental e então, na frente deles, assinarem um testamento que os privilegiassem. Confirmado seu perfeito estado mental, assim que os filhos saíram, ele assinou na frente do seu mordomo e de seu advogado um outro testamento que apenas cobria os débitos dos filhos até aquele presente dia e deixava todo o resto para a sua filha ilegítima Rachel, com paradeiro desconhecido, e depois se atirou da cobertura. Mas os filhos de Troy só ficaram sabendo algum tempo depois do verdadeiro testamento, quando já tinham feito várias novas dívidas. Era imprescindível que eles conseguissem anular o testamento alegando que Troy estava louco, com o depoimento de outros psiquiatras, claro.

      Dr. Nate O’Riley, que acabou de sair de uma clínica de reabilitação pela quarta vez por seus problemas com drogas e álcool, ficou encarregado de encontrar a herdeira de paradeiro desconhecido, sabendo-se apenas que está em algum lugar do Pantanal sul-mato-grossense. E aí começa a aventura de Nate, um advogado acostumado com a cidade grande e moderna entrando no meio da floresta do pantanal, cheio de perigos e bichos para encontrar Rachel, que é uma missionária numa tribo indígena. Além da dificuldade de manter-se sóbrio. 


       É engraçado como o autor descreve o Brasil, a visão americana do Brasil. Ele tentou ser fiel, mas acabou fugindo da realidade. Mas nada que comprometa o livro. Entretanto achei interessante essa visão diferente.  Rachel encantou Nate e sua experiência de Deus o converteu. Mas Rachel não quis saber do dinheiro. Nate, meio apaixonado, volta para os Estados Unidos e defende o patrimônio de Rachel sem o consentimento dela. Os filhos de Troy, sem nenhum escrúpulo, tentam por todos os meios anular o testamento.

      Muito interessante o contraste que John Grisham dá à história; de um lado seis personagens infelizes e gananciosos, querendo a fortuna a qualquer custo. Do outro uma mulher contente com a sua escolha de Deus e a sua vida simples, não dando a mínima para o dinheiro em jogo. Também me chamou a atenção a advocacia americana, bem diferente da nossa. Eles fazem o julgamento parecer um grande e forçado teatro, sem ética e sem limites, muita sujeira. O final me surpreendeu, pensei em vários desfechos mas não consegui acertar, e nem é tão perplexo; confesso que gostei mais do final original em detrimento de todos os que imaginei!


    Comentário da Gi: Gente, vamos todo mundo dar as boas vindas á Dani!! Agora, além da Pri e da Cynthia, vocês poderão ver sempre alguma resenha dela por aqui! Seja bem vinda Dani!! Comente, comentem, comentem! Quer presentão maior que esse á nossa nova resenhista??

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