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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Resenha: O jardim secreto de Eliza

O Jardim Secreto de ElizaAutor: Kate Morton
Editora: Rocco
Ano: 2009
Páginas: 554
Onde comprar: Submarino - Saraiva 

Sinopse: 2005, Brisbane, Austrália. Cassandra recebe uma herança inesperada da avó, Nell O’Connor, que a criara. A jovem, então, parte para a mesma região da Inglaterra onde Nell se aventurara décadas atrás em busca de suas raízes. Lá, em meio a um chalé em ruínas e um jardim cheio de segredos, ela encontra a trágica verdade sobre os Mountrachet e a escritora Eliza Makepeace, que sua avó conhecia tão somente como a Autora. Ligando os pontos das histórias dessa mulher e da aristocrática família que habitou a mansão Blackhurst, revirando segredos de família é que Cassandra entenderá por que a tanto tempo atrás, em 1913 uma menina de quatro anos, foi deixada à própria sorte no início do século XX num porto australiano e, assim, desvendar suas próprias origens.

 1913. Uma menininha é encontrada perdida em um porto da Austrália, confusa, sozinha, carregando apenas uma mala com um livro de conto de fadas. Após tentar descobrir a identidade da garotinha, um funcionário do lugar comovido, acaba levando-a para morar em sua casa, fazendo dela a filha que ele e a esposa nunca tiveram.  Ai tem início uma misteriosa história que percorre gerações, a história de uma jovem escritora do início do século XX e de uma mulher em busca de suas origens, uma trama mágica, sombria, que vai da Austrália até a Inglaterra, invadindo mansões vitorianas e seus terríveis segredos de família...

Kate Morton presenteia o leitor com uma rica e misteriosa história, narrada em três tempos, começando em meados de 1900 onde conhecemos a órfã Eliza Makepeace e sua sofrida infância, passando para 1975 quando Nell parte para a Inglaterra  e começa a desvendar sua verdadeira história e em 2005 com Cassandra, neta de Nell, que continua a investigação após a morte da avó. Os capítulos são intercalados e essa mudança de épocas pode gerar confusão mas é a partir daí que pouco a pouco vemos uma inesperada e complexa trama se desenvolver. A autora vai dando pistas prendendo e instigando o leitor que vira detetive e tenta desvendar o quebra cabeça que é essa história perdida que ultrapassa séculos!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Resenha: E o vento levou...


Autor: Margaret Mitchell
Editora: Record
Ano: 1939 ... 2013
Onde comprar: Submarino - Saraiva

Sinopse: Um relato apaixonante sobre a guerra civil norte-americana, a aristocracia sulista que ela abala e transforma, e a coragem de uma mulher que nunca se deixou vencer. Conheça a linda e tempestuosa Scarlett O Hara e o irresistível Rhett Butler, que a ama ao longo de todas as suas provações. Conheça a doce Melanie, o honesto Ashley Wilkes e os muitos outros personagens que habitam a esplendorosa fazenda Tara. Leia a história de amor que já emocionou milhões de pessoas no mundo inteiro, imortalizada na tela pela beleza de Vivian Leigh e o charme de Clark Gable.
Geórgia, 1861. A linda e mimada Scarllet O´hara só quer saber de vestidos e todos os privilégios que seu mundo feito de imensas fazendas de algodão, bailes luxuosos e amizades seletas tem a oferecer. Mas tudo o que ela um dia conhecera começa a desmoronar: os rumores de uma guerra correm, sulistas exaltados se preparam para combater o norte e seus terríveis Ianques. Apesar disso sua vida corria bela e tranquila na proteção da fazenda Tara ao lado do pai irlandês, a mãe bondosa e as irmãs. Tudo muda quando sua paixão, Ashley, anuncia o noivado com a prima Melaine. Pela primeira vez ela se vê contrariada e revoltada, ela planeja impedir que esse casamento aconteça, é durante a festa do anuncio do noivado, no momento mais importuno ela conhece Reth Buttler, aquele que estaria ao seu lado durante todas provações do caminho, durante seus autos e baixos, enquanto Scarllet luta para crescer, enfrentar a dor e sobreviver aos horrores da guerra.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Filmes biográficos que valem a pena!

Nós leitores apesar de leremos muito estamos sempre nos surpreendendo com as histórias imaginadas por autores não é mesmo? São histórias emocionantes, tristes, cômicas, inacreditáveis que pensamos existirem só nas páginas! Engano! Poucos lembram é que muitos livros são inspirados em pessoas reais, que a literatura imita a vida! Ao longo da história milhares de pessoas, famosas e anônimas tiveram vidas notáveis e para nossa sorte muitas delas foram parar no cinema! A seguir cinco filme biográficos que merecem o play! Quando a vida real é tão fantástica quanto a ficção...



1. A lista de schindler

" A história real ronda em torno do alemão Oskar Schindler, que viu na mão-de-obra judia uma solução barata e viável para lucrar com negócios durante a guerra. Com sua forte influência dentro do partido nazista, foi fácil conseguir as autorizações e abrir uma fábrica. O que poderia parecer uma atitude de um homem não muito bondoso transformou-se em um dos maiores casos de amor à vida da História, quando este alemão abdicou de toda sua fortuna para salvar a vida de mais de mil judeus, em plena luta contra o extermínio alemão. "
Um filme sobre dor, bondade, coragem e luta pela sobrevivência! Sobre um período negro da humanidade, onde um judeu destemido sozinho salva milhares de vidas! Incrível! A lista de Schindler é um filme super dramático e emocionante, com uma bela trilha. Indispensável para curiosos, amantes de sobre história, o holocausto! Um relato chocante de fatos históricos!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Filme: A invenção de Hugo Cabret!


Hugo Cabret é um menino órfão, em meio a década de 30, que perdido por entre relógios tenta sobreviver a própria sorte numa estação de trem em Paris. Após a morte do pai, um apaixonado por mecânica de quem herdara a paixão e aprendera o ofício o garoto vai viver com o tio, o zelador do relógio da estação que acaba abandonando-o. Clandestinamente Hugo passa a morar e a cuidar do grande relógio,  alimentando a esperança de consertar um enigmático robô, esperança essa que antes era o sonho de seu pai enquanto tenta esconder-se de um perverso policial que na primeira oportunidade o mandaria a um orfanato. É quando seu caminho e o de um rabugento vendedor de brinquedos da estação e sua sobrinha se cruzam. O robô, um misterioso desenho, um caderno, uma chave perdida, o vendedor, Hugo, incrivelmente todos estão ligados e acidentalmente viverão uma grande aventura, rumo ao desconhecido, rumo ao passado.

 Vem crescendo o número de filmes baseados em livros, as grandes produções, que antes de ser produto da indústria do cinema é obra de arte. Dentre esses frequentemente surge um filme mais retrô,  meu fraco. A invenção de Hugo Cabret se encaixa nessa categoria, logo entrou na minha lista de " necessito urgentemente. " Pois bem, o filme é belo. Singelo, grandioso. Fantasia de primeira. 




Algo que absolutamente amo em filmes é a fotografia! É incrivel como esta se bem feita  juntamente com a trilha sonora, atuações e todo o conjunto da obra consegue transmitir a essência e a alma da história, transmitir poesia, toda uma atmosfera única para o telespectador através da tela. A fotografia de A invenção de Hugo Cabret é linda, tem a magia do mundo infantil, é extremamente encantadora e se encaixa perfeitamente na proposta do filme que é nada mais nada menos do que um tributo ao cinema, que mesclando realidade e ficção e até de forma lúdica nos apresenta as raizes da sétima arte e principalmente Georges Melies um dos pioneiros do ramo.

Com ares de história de Dickens, temos aqui o menino órfão sofredor que é tragado a uma dura realidade enquanto luta contra as adversidades, seria pura tragédia se não fosse a fotografia e a sensibilidade dos criadores que com seu filme nos dá a sensação de estarmos sonhando acordados. Talvez seja essa mesma a intenção, pois ao decorrer da história ainda conhecemos um homem que desacreditado da vida, vive em trevas, das cinzas de um passado glorioso e por fim acaba voltando a acreditar e sonhar. A atmosfera de encatamento  e luz reforça essa tocante mensagem.

A invenção de Hugro Cabret é uma bela adaptação que nos leva a um mundo de encontro desencontros, sonhos, passado, recomeços e principalmente magia. Uma fantasia diferente de todas que usa e abusa da realidade, de pessoas de carne e osso, seus sentimentos, sonhos e pesares. 

sábado, 3 de novembro de 2012

Filme: Moulin Rouge - Amor em vermelho




" Christian (Ewan McGregor) é um jovem escritor de poesia e que enfrenta seu pai para poder se mudar para o bairro boêmio de Montmartre, em Paris. Lá ele recebe o apoio de Henri de Toulouse-Latrec (John Leguizamo), que o ajuda a participar da vida social e cultural do local, que gira em torno do Moulin Rouge, uma boate que possui um mundo próprio de sexo, drogas, adrenalina e Can-Can. Ao visitar o local, Christian logo se apaixona por Satine (Nicole Kidman), a mais bela cortesã de Paris e estrela maior do Moulin Rouge. Por acaso ele acaba tendo o desafio de escrever uma peça patrocinada por um conde e assim é levado a ajudar o cabaré a se transformar em teatro, o que ele não esperava era que o conde se encantasse por sua amada e a ficção e o real se fundissem, numa linda e trágica batalha pelo amor. "

Estou no céu. Estasiada com Moulin Rouge. Nunca pensei que fosse encontrar um filme que expressasse tanto minha personalidade em relação a cinema, literatura, música: Romantismo, arte, vintage, sofisticação. Logo nos primeiros minutos de filme meu coração bateu forte e meus olhos brilharam. É Paris. 1900. Cabaré. Elegância. Brilho. Poesia. Espetáculo. Tragédia. Ciúmes e principalmente amor. Como pode um filme ser tão maravilhoso?

Uma coisa que sempre me conquista nos livros e filmes que leio e vejo é a ambientação, a " atmosfera. " Como aquela futurística em Feios, a apavorante e melancólica de A sombra do vento ou a de O circo da noite ( que considero seu ponto forte ) estranhamente parecida com a de Moulin Rouge. Impecável. O cuidado com o cenário, figurino, os efeitos desde os mínimos detalhes foi tanto que o espectador se sente em outra dimensão, tragado para um mundo noturno de luzes, paixão, pura magia. Muito luxo predomina assim como na fotografia tons de vermelho e dourado, o que tornou o filme ainda mais vibrante e deslumbrante. Com toda certeza o mundo do cabaré Moulin Rouge é aquele que sonho em encontrar em minhas leituras.

O amor de Satine ( Nicole Kidman ) e Christian ( Ewan McGregor ) intenso, verdadeiro, cheio de tormentos e obstáculos. Os atores desempenharam um ótimo papel. Christian é o típico boêmico sonhador e inocente que se apaixona pela cortesã, cobiçada e solitária. Isso te lembra algo? O filme foi inspirado em A dama das Camélias de Alexandre Dumas Filho. Genial não? Mesmo trágica a trama tem muita comédia, várias cenas me arrancaram risadas, como aquela do quarto! * Risos * O longa ao todo é para lá de excêntrico, com todo seu luxo e exagero, personagens e passagens pitorescas...

A música é outro ponto alto de MR. Adoro musicais ( tenho o sonho besta de ser artista de musicais ) e logicamente músicas de musicais, que são por natureza grandiosas, emocionantes e no filme não foi diferente. Mas o interessante é que músicas pop como Like a virgin de Madonna e I will always love you de Withney Houston foram levemente adaptadas e inseridas na trama. O resultado foi ótimo.

Resumindo: Moulin Rouge é um filme musical encantador, glamouroso,  com uma fotografia, ambientação e figurinos magníficos, ótimas atuações, uma mescla de gêneros interessantes com uma trilha sonora linda, uma verdadeira obra de arte. Transmite ao telespectador vários sentimentos e emoções, como amor, tristeza, fúria de forma poética. Sem dúvidas entrou para o roll dos favoritos, acho que encontrei minha alma gêmea cinematográfica.

Ouça a trilha sonora aqui!

         

domingo, 28 de outubro de 2012

Garota Retrô: Romances Históricos marcantes que li em 2012!

2012 foi e está sendo um ano de fato novo. Muitas mudanças ocorreram em minha vida e tive que adaptar a paixão pela leitura entre elas. Até agora li pouco mais de 20 livros. Para alguns pode ser uma quantia miseravelmente pequena mas isso só tem me feito bem.  Ao prezar a qualidade em vez da quantidade descobri que compensa milhões de vezes mais ler um excelente livro do que qualquer um só pra aumentar a listinha de lidos! E se antes eu já era exigente na hora de escolher minhas leituras, esse novo pensamento só veio reforçar o hábito. Resultado: Li livros que dão um novo sentido a palavra perfeição.

Sou completamente deslumbrada com  dramas, livros vintage, romances históricos. Tenho uma alma velha, que se encanta com histórias que se passam em séculos atrás, época de nossos tataravós,, em um passado que guarda em si grandes amores, histórias, pessoas, tristezas. Nada me fascina mais que literatura histórica. Porém nada me afasta mais que os típicos romances históricos alá banca da esquina, onde há um lorde gostosão, rebelde, conquistador e uma mocinha, linda, inocente e tudo acaba aí. Desde o começo do ano tive a consciencia que leria menos, e então minha missão foi caçar livros que fizessem o pouco ser muito, comecei a buscar obras primas dentre meu gênero favorito: Romances históricos e cá estou para compartilhar algumas lindezas que li e amei!



O chá do amor: Falta um ano para que o jovem casal de namorados, Fiona e Joe, realize seu grande sonho – casar-se e abrir a própria loja de chá. Depois de tantos anos economizando cada centavo, tudo indica que, finalmente, estão próximos do final feliz. Mas o que parecia pouco tempo se transforma em uma eternidade quando uma série de trágicos e dolorosos acontecimentos se interpõe na vida deles, e eles se (...)

Estou sempre falando desse livro e nunca me canso. Lindo. A ambientação magnífica, os personagens emocionantes,   tudo. Um mergulho em Londres, de 1888, Jack Estripador, da Revolução Industrial, dos sindicatos, em meio a miséria uma menina alimenta um sonho e em meios aos tombos da vida vai seguindo-o. Acreditem mesmo o preço salgado, vale cada centavo gasto.

O palácio de inverno:  Geórgui Jachmenev passou a vida inteira se debatendo com essas questões, e agora, prestes a perder o grande amor de sua vida, tenta encontrar uma resposta para elas ao refletir sobre seu percurso num século XX que sempre lhe pareceu longo demais. Seus feitos começaram cedo: aos dezesseis anos, em ação impulsiva e atabalhoada,  o rapaz impediu um atentado contra a vida de ninguém menos que o grão-duque Nicolau Nicolaievitch, irmão do czar Nicolau II, que, agradecido, nomeou Geórgui o guarda-costas oficial de seu filho Alexei ( ... )

Adoro história. Adoro o período da Revolução Russa, os Romanov. Encontrei O palácio de inverno por acaso e foi como encontrar água no deserto. O livro adentra nos últimos dias da realeza russa, desvendando o lado humano de personagens reais que de certa forma mudaram o mundo, some ainda romance, drama, intrigas, e a escrita maravilhosa que encanta o leitora a cada página virada e terás esse livro, que mais parece um relato real emocionante que ficção.

O jardim secreto de Eliza: Em 1913, um navio chega à Austrália direto de Londres, trazendo com ele uma menina de quatro anos, absolutamente sozinha, sem um acompanhante adulto sequer. Com ela, apenas uma pequena mala com um livro de contos de fadas. O mistério de quem era a bela garota, que dizia não lembrar seu nome, e de como chegou ao porto, jamais foi desvendado. Em suas memórias ela trazia apenas a imagem de uma mulher que ela chamava de a dama ou a Autora e que dizia que viria buscá-la. Muitos anos depois,Cassandra herda de sua avó Nell uma casa na (...)

O melhor livro do ano, sem dúvidas. Terminei de ler dia 2/10 e ainda hoje o livro está a me assombrar, sei que esse será daqueles que se tornam parte da gente. Não sei explicar como O jardim secreto de Eliza me marcou, me emocionou. Vivi sua história, chorei, sorri por personagens que existem dentro de páginas e em meu coração. Uma trama narrada em vários momentos, na Inglaterra Vitoriana, na Austrália do séc XX, nos dias atuais Um clima sombrio, misterioso e mágico de conto de fadas impera na história. Suspense, obsessão,Eliza, Nell, Rose, mansões exuberantes, jardins e famílias que guardam terríveis segredos, personagens conflituosos, um amor sem limites, tragédias, tudo isso e muito mais torna essa leitura o que é, meu livro favorito de todos. :´) <3

A sombra do ventoDaniel Sempere está completando 11 anos. Ao ver o filho triste por não conseguir mais se lembrar do rosto da mãe já morta, seu pai lhe dá um presente inesquecível: em uma madrugada fantasmagórica, leva-o a um misterioso lugar no coração do centro histórico da cidade, o Cemitério dos Livros Esquecidos. O lugar, conhecido de poucos barceloneses, é uma biblioteca secreta e labiríntica que funciona como depósito para obras abandonadas pelo mundo, à espera de que alguém as descubra. É lá que Daniel encontra um exemplar de "A Sombra do Vento"do também barcelonês Julián Carax. ( ...)

 O livro nos leva até a Barcelona sombria pós guerra do início do século XX onde junto ao jovem Daniel, o carismático Fermin vamos desvendando a cidade, seus fantasma e a trágica vida do intrigante Julian Carax. Como O jardim secreto de Eliza, em A sombra do vento tem um ar gótico, mas diferentemente do outro aqui não há contos de fadas, nenhum traço de inocência, o clima é totalmente pesado, fantasmagórico, com pitadas de terror, impressionante. Uma trama nada previsível, um suspense aterrorizador, uma história bonita porém triste sobre um amor intenso que atravessa décadas, um segredo que destrói tudo a sua volta, sobre vidas entrelaçadas, o amor pelos livros, vingança, morte, isso é A sombra do vento.



Espero que tenham gostado das dicas, acreditem, todos os livros eu indico de coração pois os acho valiosos. Não percam a oportunidade de lê-los! Basta abrir suas páginas e ser sugado para seus mundos fascinantes! Beijinhos pessoal!


Esse post faz parte da coluna Garota Retrô! Onde falo sobre livros, filmes e tudo relacionado ao universo antigo, vintage!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Resenha: A casa das orquídeas


Autor: Lucinda Riley
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012
Onde comprar: Submarino - Saraiva
Classificação: ( 5 / 5 ) + favorito

Sinopse: Na infância a pianista Júlia Forrester passava seu tempo na estufa da propriedade de Wharton Park, onde flores exóticas cultivadas pelo seu avô nasciam e morriam com as estações. Agora, recuperando-se de uma tragédia na família, ela busca mais uma vez o conforto de Wharton Park, recém-herdada por Kit Crawford, um homem carismático que também tem uma história triste. No entanto, quando um antigo diário é encontrado durante uma reforma, os dois procuram a avó de Júlia para descobrirem a verdade sobre o romance que destruiu o futuro de Wharton Park... E, assim, Júlia é levada de volta no tempo, para o mundo de Olívia e Harry Crawford, um jovem casal separado cruelmente pela 2ª Guerra Mundial, cujo frágil casamento estava destinado a afetar a felicidade de muitas gerações, inclusive da de Júlia.     


O que fazer quando faltam palavras para expressar seu amor por um livro?

Comprei A casa das Orquídeas em um impulso louco. Não gosto de sua editora portanto de cara nem dei bola, mais tarde li a sinopse e algumas boas resenhas e brotou aquela vontade incontrolável de ler. Corri no Sub, comprei, quando o livro chegou bateu a insegurança, será que fiz burrada? Não sou de comprar de impulso, quem me conhece sabe, analiso muito antes de comprar qualquer livro. Porém ao contrário do que eu acreditava fui muito feliz na compra. Eu simplesmente amei o livro!

 Julia Forrester, uma famosa pianista se recupera de uma tragédia na família e acaba se refugiando em Wharton Park, a mansão de sua infância, onde o avô Bill, jardineiro, trabalhou a vida inteira. Lá ela conhece Kit Crawford, o herdeiro da mansão que também tem um triste história. Ao encontrar um diário que acha que é do avó de Júlia, os dois mergulham no passado e vão desvendando um grande segredo de família, que promete abalar o presente!

Somos levados de volta a 1939, em meio a Segunda Guerra Mundial, Harry Crawford o herdeiro de Wharton Park se casa precipitadamente com a jovem Olivia. Aparentemente eles são um casal perfeito, porém tudo não passa de um casamento frustado, sem amor, apesar das tentativas de Olivia para erguer o matrimônio e até mesmo do próprio marido, Harry só a vê como uma obrigação, como a mãe do futuro herdeiro da propriedade. É quando ele deixa sua família e  vai lutar na guerra que sua vida e a de todos ao redor muda para sempre. Do outro lado do mundo, na Tailândia, destinos improvavelmente se cruzam, unindo e destroçando vidas, mudando o hoje, o amanhã.

Sem dúvidas esta foi uma das melhores leituras do ano.  A casa das orquídeas é exatamente o tipo de leitura que eu amo! Com uma trama bem trabalhada, detalhista, cheia de informações prende o leitor do início ao fim, o suga para dentro da história! Eu só sabia pensar/ler/viver esse livro! Os personagens são bem construídos, totalmente apalpáveis, humanos, marcantes! Do tipo que fazem a leitura valer a pena! A história alterna entre passado e presente, apesar da trama de 1939 ter mais peso, a paralela, de Júlia é igualmente interessante. O livro é pincelada de mistério, vamos desvendando o passado pouco a pouco e nos surpreendendo cada vez mais! São muitas reviravoltas, até a metade você tem uma imagem do livro, depois muda completamente! Tudo é mega bem bolado, todas as pontas vão sendo incrivelmente amarradas. Genial!

Os personagens são todos de carne e osso; quer dizer, são todos falhos, cometem vários erros, nos mostra como nossas atitudes podem ser determinantes, como podem construir e destruir, como podemos mudar drasticamente nossos destinos, como a vida é uma caixinha de surpresas. Tudo é muito real! Justamente por essa característica, a realidade, não consegui favoritar a maioria dos personagens, Harry para mim é um fraco, Olívia uma vítima, mas me apeguei em Lídia. Ela me encantou desde o início, simples, inocente, doce, tão frágil, sofrida e ao mesmo tempo tão forte, sábia. Me emocionou profundamente.

A casa das orquídeas é uma história tocante que percorre duas gerações, desenterra segredos, nos apresenta a personagens humanos, falhos que traçam caminhos cheios de incertezas, mágoas e erros. Altamente dramático, bem desenvolvido, denso, envolvente, impactante um livro para ler, chorar, viajar por culturas e refletir, sobre nossas escolhas, sobre a vida, suas injustiças e as peças que ela nos prega. Maravilhosa história, sempre a levarei no coração, nunca me esquecerei da emoção indescritível que ela me proporcionou. Leiam, vocês irão se surpreender como eu!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Resenha: O chá do amor

Autor: Jennifer Donnelly
Ano: 2009
Editora: Essência
Classificação: ( 5/5 )
Onde Comprar: Saraiva - Estante Virtual

Sinopse: Chamado de “excepcional” pelo Booklist e de “muito divertido” pelo Washington Post, O chá do amor é um romance sedutor, que nos leva a uma viagem pelas movimentadas ruas de Londres e Nova York do fim do século XIX. Falta um ano para que o jovem casal de namorados, Fiona e Joe, realize seu grande sonho – casar-se e abrir a própria loja de chá. Depois de tantos anos economizando cada centavo, tudo indica que, finalmente, estão próximos do final feliz. Mas o que parecia pouco tempo se transforma em uma eternidade quando uma série de trágicos e dolorosos acontecimentos se interpõe na vida deles, e eles se distanciam cada vez mais um do outro. Fiona vai para a América, no que considerava a sua maior aventura. Mal sabia ela que não há aventura maior que o amor...

O livro conta a história da sonhadora Fiona, que nutre juntamente a Joe, seu namorado desde a infância o sonho de abrir sua loja de chá, saindo assim da pobreza. Ela trabalhando numa fábrica de chá, ele, feirante como o pai, a anos juntam dinheiro e depositam numa lata, confiantes que logo realizariam seu grande sonho. O que eles não contavam era que o destino lhes pregaria uma peça e trataria de mudar sua vida radicalmente, de uma hora para a outra. Será que apesar de tudo, Joe e Fiona conseguirão seguir juntos, ou a tempestade a seu redor vencerá, separando os dois amantes, destruindo seus sonhos?

Sem dúvida alguma meu gênero favorito de leitura ( se é que se pode chamar de gênero ) são livros de época, ambientados no passado. Eles me fascinam. Sempre fui a exceção da turma que ama história, mas na aula tudo parecia muito mecânico, inanimado. Lendo livros o que li nas páginas do livro didático toma vida, torna-se apalpável, real, com seus personagens cheios de sonhos, medos. Realmente adoro embarcar na máquina do tempo da leitura e conhecer lugares, vivenciar toda uma época, como qualquer outro vivente de tal data, fico encantada com isso. Experimentei essa mesma sensação lendo O chá do amor

Coincidentemente na escola estava estudando Revolução Industrial, enquanto acompanhava Fiona andando pela Londres enfumaçada pelas fábricas. É 1888, Jack Estripador assola os pobres moradores da cidade, que cresce sem parar, consequência da Revolução, as ruas apinhadas de gente, mendigos, prostitutas crianças, os sindicatos de trabalhadores dando seus primeiros passos, gritando por justas melhorias. Simplesmente fui sugada á época. Perfeita ambientação. E se tem uma coisa que amo em livros, é  uma boa ambientação, aquela atmosfera única que alguns autores criam e conseguem transmitir ao leitor, encantando-o. A narrativa é descritiva o que tudo mais real ainda.

Outra coisa que me ganha em livros são personagens marcantes. Que parecem ter vida própria e ficam na memória mesmo depois de muito tempo do término da leitura.  Fiona é assim. Ponto para Jennifer de novo. Uma mocinha épica. Que sofreu, foi derrubada mas não deixou as pedras da vida vencerem-a. Nem santa, nem vilã. Ela esteve a frente do seu tempo, sempre soube o que queria para si, ser rica. Ter sua loja de chá e correu atrás disso, numa época onde as mulheres eram destinadas a casar e ter filhos, e eram julgadas como inferiores, Fiona falava de igual para igual com qualquer homem, por mais influente que seja. Uma mente, livre, aberta. Os outros personagens são de mesma forma especiais. Charlie, Katy, Paddy, Semie, Mary, Michael, Rody, Will... Até os odiáveis Burton, Milie, Will Junior cumpriram bem seu papel ha ha!

Confesso que não caí de amores por Joe, o galã da história. Ele é de certa forma o homem dos sonhos mas comete alguns erros, dá umas cabeçadas feias, que me fez não aprová-lo totalmente. Porém talvez seja esse seu maior diferencial, o fato de ser humano. Pois todos erram, ninguém é perfeito, todos temos altos e baixos na vida. Mas entre ele e Nick, eu fico com Nicholas Soames! O amigo de todas as horas ( gay! ) de Fiona que lhe estende a mão na pior hora. A amizade deles é linda e determinante! :´)

O chá do amor é uma história sobre encontros e desencontros, amizade, família, amor, sobre recomeços, coragem diante dos obstáculos da vida e talvez, principalmente sobre acreditar incondicionalmente nos sonhos. Uma rica viagem ao tempo, repleta de detalhes históricos, um livro que me fez suspirar, sorrir, chorar, me passou raiva, me emocionou com a carismática Fiona e seus dramas. Um livro que não poupa o leitor, conseguindo magistralmente abordar temas fortes como homossexualismo, preconceito, crimes.Devia ser mais lido e divulgado. Romance Histórico maravilhoso ( Não torçam o nariz por isso! ) Essência por favor lance a continuação! Bookaholic desesperada aqui! Só tenho algumas observações não tão legais a fazer sobre o livro, contém spoilers, para ler, selecione abaixo:

ZONA DE SPOILER: O livro é sensacional, mas algumas partes parecerem um bocado forçadas. Tudo acabou estranhamente bem demais para Fiona, com menos de 30 anos, ela era bilionária,  reencontrou Joe, também bem sucedido, que não estava mais casado com Milie, nem era pai e estava loucamente apaixonado por ela também. Eles se casam, ela consegue o perdão de William, reencontra Charles, que não morreu e ainda desbanca Burton. Sinceramente não pareceu muito real, um final inconcente demais, se ela acabasse com Will, faria mais sentido. E Jack Estripador  como William Burton? Não colou pra mim, porque um milionário sairia matando prostitutas? Sei lá, mas isso é mínimo perto do quão incrível é o livro, vou perdoar.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Garota Retrô: Filme - O fantasma da ópera



O fantasma da ópera é a versão cinematográfica de 2004 do musical mundialmente famoso baseado no livro clássico de mesmo nome, de Gaston Leroux. Segue abaixo um pequeno resumo do filme retirado do site Cinema com rapadura:

" A voz dele chama o nome dela, alimentando o seu talento extraordinário pelas sombras do teatro que a ingênua garota do coro, Christine Daae (Emmy Rossum, de “Sobre Meninos e Lobos”, em um bom momento), fez um lar. Somente a mestra de balé, Madame Giry (Miranda Richardson), sabe que o misterioso “Anjo da Música” de Christine é, na verdade, o Fantasma (Gerard Butlerde "Tomb Raider"), um gênio musical desfigurado que assombra as catacumbas do teatro, aterrorizando a todos os artistas que vivem e trabalham ali. Quando a diva temperamental, Carlotta (Minnie Driver), abandona o ensaio da mais recente produção da companhia, os novos gerentes do teatro não têm outra escolha, se não colocar Christine sob a luz dos holofotes.
Sua noite de estréia encanta ao público e também ao Fantasma, que se empenha em transformar a sua protegida na próxima estrela da ópera. Mas ele não é o único homem poderoso a ficar impressionado pela jovem soprano. Christine logo se vê cortejada pelo rico patrono do teatro, o Visconde Raoul de Chagny (Patrick Wilson, numa fraca atuação). Apesar de sentir-se enfeitiçada por seu carismático mentor, Christine fica inegavelmente atraída pelo elegante Raoul, provocando a ira do Fantasma e preparando o palco para um crescente dramático onde paixões arrojadas, ciúme violento e amor obsessivo ameaçam deixar os predestinados amantes — como diz a música — “num ponto sem volta”.
Para quem ama música, histórias com toques de vintage, que são pura arte como eu, O fantasma da ópera é uma ótima pedida. O filme tem uma exuberante fotografia, figurino e trilha. Talvez seja isso o melhor da adaptação. Realmente de tirar o fôlego, nos transporta para Paris de 1870, até o magnífico teatro assombrado pelo " Anjo da música. " Confesso que amei toda a parte visual. Me encantou, fiquei extasiada diante a tela, é tudo o que sempre rezo para encontrar nos livros, filmes antigos que assisto. Simplesmente fabuloso.
A atuação dos atores é mediana. Emmy é uma boa Christine, embora um pouco inexpressiva, na época tinha 16 anos o que rendeu em uma doce e jovem cantora. Sua voz é bonita, ela realmente cumpre bem sua missão como atriz e cantora. Já Raoul ( o namoradinho de Daeé e o fantasma ) não são lá tão bons cantores como Emmy, são bem limitados vocalmente, mas nada grave. Talvez o verdadeiro problema do trio reside no fato de que eles não mostraram muito entrosamento. O romance entre Christine e Raoul não convence, nem o " quase " romance com o fantasma. O filme é longo, quase duas horas e meia e quase todo cantado, o que se torna por vezes maçante e pode incomodar.
O destaque a meu ver certamente foi do fantasma. O gênio que beira á insanidade rejeitado por sua aparência, que nutre um amor obsessivo e de certa forma platônico por Christine enquanto vive no subterrâneo do teatro, imerso em uma profunda frustração, sendo dominado pelos mais diversos sentimentos, ódio, amor, ira, dor... uma vítima, que só recebeu desprezo da vida e então ferido só soube machucar. Uma mistura da Fera de " A bela e a fera " Quasimodo de " O corcunda de Notre Dame " e um vilão. 
Adorei O fantasma da ópera. Quem gosta de filmes extremamente artísticos, na certa vai gostar. O filme é um presente para os olhos e ouvidos. Todos os elogios que eu fizer á parte visual ainda será pouco. Lindo. Apesar disso ele deixa a desejar em outras áreas, como a atuação, mas nada terrível. Tem suspense, romance, drama, é muito bom. Sinto falta de mais filmes assim, musicais, de época, com alta produção, que me transportem para outra época amo coisas do tipo mas é difícil de se encontrar. Torço por mais lançamentos do gênero.
Observação: O fantasma da ópera me lembrou muito o universo místico, sombrio e deslumbrante de O circo da noite, torço para que o livro se torne filme, seria um filme fantástico também.


Segue abaixo o filme online legendando, quem quiser assistir:



A coluna Garota Retrô traz tudo sobre o cultura vintage, filmes, livros e muito mais.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Melhores personagens femininas - elas abalam dentro das páginas!

E não é que certos personagens ficam marcados? Na memória, no coração. Só de lembrar a gente se pega sorrindo, relembrando cenas, quotes. Nem parecem meros personagens fictícios, porque o sentimento, o amor, admiração não é nada de mentira, é pura realidade! Para este top do mês atrasado, separei algumas de minhas milhares de personagens femininas, sim, mulheres, fortes, guerreiras, hilárias, espertas dos livros que eu adoro. Esse mês a coluna está de batom, toda cor de rosa, vem conferir! Senhoras e senhores eis as Melhores Personagens Femininas!

Imagine uma tia avó. Certamente você imaginou uma velhinha bondosa, toda grisalha, de fala mansa né. Esqueça isso tudo! Assim como a Lara, de Menina de Vinte. Ela tinha mesma imagem da tia avó, Sadie isso até o fantasma da própria lhe aparecer, como uma garota de vinte aninhos que parece ter saído diretamente dos anos 20, serelepe, falante e pra lá de aloprada! Gente, PARA TUDO que eu tenho que intimar o mundo a ler esse livro, porque ele é demais, e as protagonistas, Lara e Sadie são super mega bláster jumbo incríveis! Hilárias, morria de rir enquanto lia, tanto que tinha hora que pensava que ia bater as botas mesmo. AHHHH sabe aqueles personagens que a gente não consegue esquecer, que tranca lá no coração, sorri toda vez que se lembra e gosta de chamar de " Meu? " Então, são essas duas aí filhotas da tia Sophie Kinsella, principalmente a Sadie, ahhhh Sadie, louquinha de pedra, geniosa, um bocado mandona mas com um coração enorme e uma linda e triste história de vida! GEOVANNA <3 LARA E SADIE! <3

Fiona. Esse nome te lembra a princesinha ogra de Skreek? Para mim não lembra ninguém além de Fiona Finnegan de O chá do amor. Uma menina que em 1800 e bolinha, sonhava em ser milionária, ter sua própria loja de chá numa época em que as mulheres nasciam para serem esposas e mães. Perdeu a família toda, perdeu o amor de sua vida mas não perdeu o seu sonho e mesmo no fundo do poço, se levantou,  lutou bravamente e deu uma rasteira nos problemas e obstáculos, chegou onde ela sempre quis e além. Essa mulher é forte, corajosa, destemida, esteve a frente do seu tempo. Jurou vingança, que ia ser grande e conseguiu o que queria. Hey Fiona, eu tiro o chapel pra você!

 Se você era negro no Mississipi da década de 60 certamente sua vida era um inferno na terra. Nos Estados Unidos e provavelmente no mundo todo os negros eram humilhados diariamente, recebendo menos do que o salário mínimo, sendo mortos, espancados injustamente e sofrendo todo tipo de desrespeito todos os dias, e o pior, tudo isso era dado como normal, cotidiano. Em meio a todo medo e opressão três mulheres tem a coragem de lutar! Romper o silêncio e denunciar a realidade gritante que todos fingiam não ver: a situação desesperadora dos negros. E mesmo diante das ameaças, do alto risco, a doce e sábia Aibileen, a explosiva Minny e Skeeter desafiaram sua época, relatando a vidas das empregadas dométicas em Jackson num livro, A ajuda. Essa é a história de A resposta, um livro que sempre vou guardar no fundo do coração, que me apresentou essas mulheres guerreiras sem igual, que são uma verdadeira lição de força.



Tracy Withney de Se houver amanhã, antes era uma menina inocente, que levava uma vida perfeita, depois uma mulher que fora presa e condenada injustamente, vítima de um golpe, sedenta por vingança. Mais tarde uma irresistível criminosa, brilhante ladra de itens valiosos, especializada em roubar e enganar ricos inescrupulosos. Enfim, gente, essa mulher é um máximo. Cada roubo bem bolado que me deixou boba. Ela é uma anti heroína perfeita, torci, chorei e sorri com ela. Sidney Sheldon criou uma mulher louvável, uma personagem épica e como diz uma antiga gíria, do peru!




E como se esquecer delas? Gabriela e sua força e coragem? Danina e sua delicadeza? A amargurada Hillary? Ariana, Cristal, Zoya, Sarah, Daphne e todas as protagonistas de Danielle Steel? Impossível. Já fazem dois anos que leio livros da autora e que me encanto cada vez mais com suas histórias tristes e suas personagens grandiosas. Ah gente, amo tanto os livros dela, toda vez que leio algo da autora é como estar em casa, com pessoas que amo, tendo a certeza de que vou me emocionar. É indescritível expressar o quanto seus livros me atingem, só sei que vou sempre levar as heroínas da Steel no coração, não são mais meros personagens, fazem parte de mim, são como entes queridos, muito queridos.

sábado, 3 de março de 2012

Diversão + conteúdo = Livros paradidáticos para quem quer aprender enquanto lê!

Livro é sempre livro. Uma viagem onde tudo é possível, é cultura, conhecimento. Apesar da polêmica envolvendo clássicos, YAs e tantos outros acredito que toda leitura independentemente do gênero, se é fantasia, para jovem ou mundialmente renomado, sempre tem muito a nos ensinar. Das mais simples á grandiosas lições. 


Ultimamente, como frisei no post anterior estou procurando focar na qualidade de minhas leituras, no sentido de ler, atenta, sem pressa, buscando absorver o quanto puder do livro, pois como já falei para mim nenhuma leitura é em vão ( diferentemente do que muitos "intelectuais" insistem em bater o pé e dizer...) E com isso, com essa nova proposta na cabeça ando querendo novos ares, ando procurando livros que realmente me divirtam e ensinem sobre determinado tema. Livros atuais ( ou não ) que poderiam ser facilmente inseridos na escola, ser paradidáticos e complementar o ensino das salas de aula, interessando os alunos e talvez levando-os a tomar o gosto pela leitura. Vamos conferir minhas dicas de livros que unem o melhor do entretenimento e aprendizado?

1) Fatos históricos -  culturas

Não sei vocês mas adoro um bom livro com um enredo antigo, marcado por fatos e épocas históricas, eles nos ensinam mais do que qualquer aula, vivemos a história realmente é bem diferente da passividade que os livros didáticos nos oferecem. Nunca me canso de viajar por livros que falam sobre 1ª e  2ª Guerra Mundial, como o nacional Apátrida, O anel de noivado, Memórias de uma gueixa, O menino do pijama listrado, também os que narram Revolução Russa; O palácio de Inverno, Sashenka, Zoya, além de livros que mergulhem em outras culturas como A cidade do sol, Princesa Sultana e outros que tratam de variados assuntos como é o caso de A resposta e O sol é para todos que trazem á tona o racismo. Eles unem o útil ao agradável, ensinam, divertem e dão ao leitor uma nova visão sobre o tema, a capacidade de vivenciá-lo. Corre e vai aprender história lendo!


2) Mitologia

Acha que mitologia é um pé no saco? Isso porque você não deve conhecer Rick Riordan! Quer aprender mitologia de forma inovadora, com literatura fantástica? Vá a livraria mais próxima e compre tudo do tio Rick! Nas série Percy Jackson e As crônicas kane as mitologias grega e egípcia estão mais vivas do que nunca e se misturam ao mundo atual, os deuses andam a solta por aí, tem filhos com mortais e esses heróis vão á escola, bebem coca cola ao mesmo tempo que enfrentam as mais loucas aventuras! De forma leve e descontraída o leitor aprende sobre duas das mitologias mais ricas do mundo e nem vê. Pode confiar, Rick é professor de mitologia, o cara realmente do que escreve. Fico pensando o quanto seria legal se eu tivesse de ler Percy Jackson ou Pirâmide Vermelha na escola, renderia discussões boas em sala de aula, todos se interessariam! Nem só de Rick se vive, Pegasus e o fogo do olimpo é outro livro recomendado á quem quer ficar craque em mitologia usando da literatura atual! Aproveite!


3) Distopia - atualidades


Sim, eu amo distopias, acho simplesmente fantástico. Pois elas abrem nossa mente e nos levam a pensar sobre o mundo de ontem, hoje e principalmente do futuro. Elas criticam seriamente a sociedade e vários de seus aspectos, totalitarismo, desigualdades, política, revoluções e etc. Livro distópico é pura atualidades mascaradas em enredos inteligentes, cheios de ação e personagens corajosos. Está aí um dos porquês de eu amar distopias, são leituras aparentemente despretensiosas que são na verdade mega ricas. Filosofia, sociologia, história, geografia tudo em um gênero só, que anda dominando mundo! Quer dicas de distópicos incríveis? Minha série queridinha Jogos Vorazes, O pacto, Delírio, Divergent, Feios, 1984, Revolução dos bichos entre outros!



4)  Clássicos


Nada de preconceito, pode ser que na escola você odiasse esses livros tão falados. Mas dê uma chance, mude seu ponto de vista, saiba que os clássicos não são tão aclamados a toa. Eles tem muito a oferecer, em geral são livros atemporais escritos á séculos atrás ( ou não) e de tão brilhantes continuam atuais. Uma ótima oportunidade de conhecer a fundo os costumes, o dia-a-dia, a mentalidade de outras épocas e entender um pouquinho mais sobre nossa vida, hoje. Além de aprofundar o conhecimento sobre vários períodos históricos. Dicas? E o vento levou,  que conta uma história de amor em plena Guerra Civil, Anna Karenina, o reflexo da preconceituosa sociedade russa antiga, Os miseráveis e sua aula sobre Revolução Francesa, Razão e Sensibilidade e os outros livros de Jane Austen que transbordam romantismo e feminismo além de títulos da renegada literatura nacional, Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Capitães de areia... que dizem tanto sobre nosso povo. Pessoal, vamos mudar e encarar o novo, leia clássicos!


5) Jovens


A juventude nunca esteve tão em alta, aliás, esse é um tema que desde sempre desperta a curiosidade de estudiosos e da população em geral. Os jovens são o futuro...  Ainda mais agora com a questão do bullyng tão discutida o tema volta a tona. Nunca foi tão fácil de se encontrar livros sobre juventude, afinal, nos últimos anos aconteceu o que muitos consideravam impossível, os adolescentes começaram a ler, devido á fantasia, ao precursor Harry Potter e aos YA books ( Young Adults - Jovem Adultos ) livros que retratam o universo do jovem, aquilo que ele gosta e vive, atualmente o YA já é um dos mais importantes ramos da literatura e ele só tende a crescer. Quer entender e conhecer mais a juventude? Fácil, basta ir a livrarias e blogs para notar a variedade de opções. Mas três livros se destacam em meio á um mar de títulos, entre eles Antes que eu vá, 13 porquês, ambos lançam a reflexão sobre o bullyng, suas razões, consequências, sobre a juventude e o que se passa por sua cabeça,  sobre o que realmente importa na vida, o valor da família, amigos. Vale a pena conferir. Outro livro interessante é o clássico Apanhador no campo de Centeio, referência quando se fala em jovem. 


Comentem e dê suas opiniões! Que outros livros poderiam complementar o ensino escolar? Que outras leituras seguem essa fórmula? Opinem! Gostaram do post? 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Resenha: Menina de Vinte

Autor: Sophie Kinsella
Editora: Record
Ano: 2009
Onde Comprar: Submarino - Saraiva
Classificação: (5/5) ♥

Sinopse: Lara Lington sempre teve uma imaginação fértil. Agora ela começa a se perguntar se está ficando maluca de vez. Meninas normais de vinte poucos anos não veem fantasmas, né? Pelo menos era o que ela pensava até o espírito da tia-avó Sadie, que foi uma jovem dançarina de Charleston com ideias avançadas sobre moda e amor, aparecer misteriosamente com um último pedido: Lara precisa localizar um colar que foi dela por mais de 75 anos. Só assim tia Sadie poderá descansar em paz. Além de encontrar a joia, Lara tem que lidar com probleminhas do dia a dia: a sócia foi curtir um romance em Goa, sua empresa está afundando e ela acabou de ser abandonada pelo homem “perfeito”. Nesta divertida história, Lara e Sadie são duas meninas de vinte bem diferentes que vão aprender a importância dos laços familiares e da amizade.


Se a primeira impressão é a que fica, Sophie Kinsella está bem na fita comigo. Isso porque Menina de Vinte, o primeiro livro da autora que leio, me impressionou, muito, superando todas as expectativas! Diferentemente da maioria dos leitores, chick lit e YAs lights passam longe de ser meu forte, tenho um enorme receio de ler algo do gênero. Mas por algum motivo (desconhecido) depois de muito analisar, me aventurei pelas páginas desse livro e não em arrependi da decisão. E aí vem a pergunta que não quer calar: Porque eu não li Menina de Vinte antes? A história de Lara e a hilária Sadie me conquistou totalmente! 

Tudo começa quando Lara, uma mulher em crise, inconformada com o fim do relacionamento  com o namorado Josh, que ela jura, é o amor de sua vida, quase falida, com sua empresa, L&N Recrutamentos executivos indo de mal a pior  é praticamente forçada a ir no velório de sua tia avó de 105, Sadie, que nunca conheceu. Em meio ao tédio daquele velório, um espírito de uma jovem, que parece ter vindo diretamente dos anos 20 lhe pede desesperadamente que pare o funeral,que não cremem seu corpo! Ela precisa do seu colar para descansar, e a única que pode lhe ajudar é Lara! Assustada, não acreditando que o espírito de sua tia avó morta está ali 80 anos mais nova lhe implorando por ajuda ela inventa uma mentira e consegue parar a tempo a cremação. Então Lara embarca numa busca ao lado de Sadie, que mais que uma jornada insana por um valioso colar, revela segredos, revela o passado  de alguém que ela nunca se dera ao trabalho de conhecer além de mudar drasticamente sua vida...

Esse foi o primeiro livro do ano e tenho certeza, um dos melhores. Com uma narrativa ágil e rápida que fica melhor ainda com o suspense sobre o colar e as dúvidas que vão surgindo ao longo da leitura, envolve o leitor do início ao fim, o faz ficar vidrado na história a cada momento. A mistura humor + sobrenatural também deu mais do que certo. Lara e Sadie formam uma dupla hilária! Lara, que é um pouquinho desequilibrada, se vê perseguida por uma fantasma pra lá de ousada, ativa, sedenta por diversão, tipo de mulher que vai lá e faz as coisas aconteceram! Uma figuraça, que ao lado da sobrinha neta passa pelas situações mais inusitadas! Elas são pura comédia juntas! Adorei a dupla, Sadie.

É por essas e outras que Menina de Vinte é um dos meus livros favoritos! Uma ótima supresa, chick lit super bem humorado, que mescla sobrenatural, suspense e ainda tem pitadas de drama e romance. Uma comovente, surpreendente e bem bolada estória,  que nos traz um pouco da charmosa cultura dos anos 20 e soube aproveitar o melhor que o tema tem a oferecer. Eu como uma viciada em vintage surtei com o banho de anos 20 que Sadie, uma verdadeira garota retrô dava sempre que aparecia! Um livro para ler, rir e até chorar, com uma estória e personagens únicos que  discretamente nos alerta sobre o valor da família, dos mais velhos e nos abre os olhos para a importância  de seguir em frente e viver sempre o hoje... Enfim, leitura obrigatória para 2012!

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