Hugo Cabret é um menino órfão, em meio a década de 30, que perdido por entre relógios tenta sobreviver a própria sorte numa estação de trem em Paris. Após a morte do pai, um apaixonado por mecânica de quem herdara a paixão e aprendera o ofício o garoto vai viver com o tio, o zelador do relógio da estação que acaba abandonando-o. Clandestinamente Hugo passa a morar e a cuidar do grande relógio, alimentando a esperança de consertar um enigmático robô, esperança essa que antes era o sonho de seu pai enquanto tenta esconder-se de um perverso policial que na primeira oportunidade o mandaria a um orfanato. É quando seu caminho e o de um rabugento vendedor de brinquedos da estação e sua sobrinha se cruzam. O robô, um misterioso desenho, um caderno, uma chave perdida, o vendedor, Hugo, incrivelmente todos estão ligados e acidentalmente viverão uma grande aventura, rumo ao desconhecido, rumo ao passado.
Vem crescendo o número de filmes baseados em livros, as grandes produções, que antes de ser produto da indústria do cinema é obra de arte. Dentre esses frequentemente surge um filme mais retrô, meu fraco. A invenção de Hugo Cabret se encaixa nessa categoria, logo entrou na minha lista de " necessito urgentemente. " Pois bem, o filme é belo. Singelo, grandioso. Fantasia de primeira.
Algo que absolutamente amo em filmes é a fotografia! É incrivel como esta se bem feita juntamente com a trilha sonora, atuações e todo o conjunto da obra consegue transmitir a essência e a alma da história, transmitir poesia, toda uma atmosfera única para o telespectador através da tela. A fotografia de A invenção de Hugo Cabret é linda, tem a magia do mundo infantil, é extremamente encantadora e se encaixa perfeitamente na proposta do filme que é nada mais nada menos do que um tributo ao cinema, que mesclando realidade e ficção e até de forma lúdica nos apresenta as raizes da sétima arte e principalmente Georges Melies um dos pioneiros do ramo.
Com ares de história de Dickens, temos aqui o menino órfão sofredor que é tragado a uma dura realidade enquanto luta contra as adversidades, seria pura tragédia se não fosse a fotografia e a sensibilidade dos criadores que com seu filme nos dá a sensação de estarmos sonhando acordados. Talvez seja essa mesma a intenção, pois ao decorrer da história ainda conhecemos um homem que desacreditado da vida, vive em trevas, das cinzas de um passado glorioso e por fim acaba voltando a acreditar e sonhar. A atmosfera de encatamento e luz reforça essa tocante mensagem.
A invenção de Hugro Cabret é uma bela adaptação que nos leva a um mundo de encontro desencontros, sonhos, passado, recomeços e principalmente magia. Uma fantasia diferente de todas que usa e abusa da realidade, de pessoas de carne e osso, seus sentimentos, sonhos e pesares.
Oi Gi!
ResponderExcluirQue saudades, flor!
Ainda não assisti ao filme e ótimo ver que é uma adaptação boa assim. Também adoro a fotografia dos filmes e a desse parece ser excelente.
Gosto dessa sensação de "sonhando acordados"!
Beijão!
Eu achei o filme bem bonito, mas confesso que achei menos do que toda a crítica estava falando (bom, não sou da área).
ResponderExcluirE concordo que a história lembra bastante Dickens.
Tenho o livro agora e pretendo ler em 2013.
Beijos
liliescreve.blogspot.com
Nossa, você só tem 14 anos e já escreve tão bem, continue trilhando seus caminhos e sonhos através das letras! Parabéns!
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